Curtindo com a gauchada na Ponta de Humaitá
Crendeuspai! Tem dias que eu fico pensando se estou mesmo em Salvador, a cidade-sol, terra das belas praias, das morenas bonitas e do encantamento dos turistas. Já perdi a conta de tantos dias chuvosos, carregados de nuvens escuras, relâmpagos, trovoadas escandalosas quando, morrendo de medo, eu me tranco dentro de casa, com vontade de ficar debaixo da cama.
Fico mais triste ainda pela falta da natação, esporte que mais me deixa feliz nestes tempos. E sem poder ir para a piscina, daqui a uns dias, Poliana, a nossa instrutora, vai chorar de saudade ou vai desconhecer as belas sereias que participam das aulas. Tá bom. Tudo tem seus dias bons e ruins. Mas aqui, na capital da Bahia, 350 dias são bons. Mas a gente reclama dos 15 dias nublados restantes.
Além das chuvas, das inundações com casas e cidades destruídas, aconteceu o acidente com a morte trágica da cantora Marília Mendonça, uma menina nova, com voz agradável e promissora. É. A vida tem surpresas maravilhosas e tenebrosas. O importante é a gente sempre agradecer a Deus por estarmos bem, felizes e com saúde, viu, lindinho?
E aproveitar por vivermos numa cidade sedutora, com um solzão que já voltou a brilhar maravilhosamente e um mar azulzinho convidativo para banho. E eu, além disso, ainda disponho de uma grande piscina do Clube Cassas, que me enche de prazer e me deixa relaxada com o mergulho. É aí que eu viro a sereia gostosa de Itapuã: quando pulo na água, apreciando a sua tepidez, curtindo o prazer de ficar boiando. Fico matutando a vida agradecendo por ter poucos problemas no dia a dia, he-he. A água é um excelente relaxante para mim.
São Pedro às vezes castiga a nossa terrinha mandando um bocado de chuva. Tá certo que precisamos muito de água pra beber, cozinhar, pra tudo afinal. Mas tivemos alguns dias com muita chuva, trovões aterradores e muitos raios. Para nós, baianos, isso não é comum. Acho até que nós somos feitos de papel: no solzão, nós atraímos os olhares e saímos reluzentes; mas na chuva nós recolhemos, até que um solzinho apareça e nos chame para encantarmos o mundo.
O meu irmão Paulo estava marcando para vir de São Paulo ver a filhota, a mulher e as irmãzinhas. Avisei logo: “mano, melhor ficar por aí estes dias, que Salvador está boiando, tá com muita chuva e pouco riso”. Vir para Salvador e não poder curtir adequadamente as praias, os bons restaurantes, a Igreja do Bonfim, ir na ponta de Humaitá, no Abaeté e nas outras atrações da cidade, não vale a pena. É melhor vir daqui mais um pouco, para viver tudo de gostoso que a cidade oferece aos visitantes: amor, atenção e a melhor hospitalidade.
Estava outro dia lá na Ponta do Humaitá com as maninhas Ana e Carmen, quando conhecemos um pessoal muito simpático do Rio Grande do Sul que estava turistando por aqui. Trançamos no papo com os gaúchos e em menos de cinco minutos já estávamos amigos de infância. Eles nos falaram de todos os lugares que já tinham visitado, e tinham gostado muito. E nós sugerimos vários outros.
Também me ofereci para ciceroneá-los, no próximo retorno à Bahia. Quero dar dicas preciosas, levá-los aos restaurantes com comidas típicas deliciosas – que nós frequentamos mas não fazem parte dos roteiros de turismo – além dos muitos lugares agradáveis e panorâmicos da terrinha, que vão deixar o povo ainda mais encantado. Sem falar de visitas às cidades lindas próximas daqui, como Cachoeira, São Felix, Santo Amaro e outras cidades da região.
Mas nós, baianos, também precisamos aproveitar para curtir as coisas boas que nos cercam. Temos que visitar sempre os belos recantos da cidade, saborear as delícias culinárias e as novidades que são oferecidas além de ter sempre o prazer em passear. E não esquecer que amanhã será outro dia, com novas atrações.
Já sabemos que, aqui na Bahia o sol tarda mas não falha: logo vem para amorenar as gostosinhas. E nós, as gostosas, estamos sempre dispostas a partir pra luta e para as conquistas, pois não gostamos de ficar em casa catando piolho em careca. E sabemos que tudo vai dar certo para nós, pois Deus é brasileiro e é baiano, com certeza.
Enquanto a gente cata, mas não encontra, o piolho na careca do maridão, vamos agrada-lo com este pavê, recomendado por minha loura amadíssima, Elíbia Portela, que avisa: esse não é só ‘pavê’, é ‘pra comer’ todinho e ficar feliz. A loura falou e disse. Já estou ‘fundando dentro’. Vem comigo, lindinho. Aventais a postos.
Pavê de morangos de Elíbia
Ingredientes:
-- Um pacote de biscoitos champagne
-- Duas caixas de morangos frescos
-- Leite fresco para molhar os biscoitos (aromatizados com essência de baunilha)
-- Alguns suspiros – opcionais
vCreme de confeiteiro
-- Mousse de chocolate e chatilly.
Modo de preparar
1 - Molhar os biscoitos no leite aromatizado com a baunilha e fazer uma camada em um refratário.
2 - Ir alternando as camadas de mousse, morangos picados, outra com os biscoitos umedecidos, creme de confeiteiro e suspiros;
3 - Repetir as camadas, dependendo da profundidade do refratário.
4 - Ao final, cobrir com um filme de polietileno e levar a geladeira por, no mínimo, duas horas.
Para o creme de confeiteiro:
-- Um litro de leite
-- 6 gemas peneiradas
-- 150g de açúcar
-- 60g de maisena
-- 50g de manteiga
-- Essência de baunilha.
Modo de fazer
1 - Aquecer o leite e, enquanto isso, colocar as gemas com o açúcar na batedeira e bater até ficar claro.
2 - Acrescentar a maisena e a baunilha;
3 - após o leite estar quente, colocar na mistura que está na geladeira e voltar ao fogo brando, misturando até encorapar.
4 - retirar do fogo, juntar a manteiga, misturar e reservar para esfriar antes de utilizar. Cobrir com um filme plástico, para não formar película.
Para o mousse de chocolate:
1 - combinar 300g de chocolate derretido com meia lata de leite condensado e uma caixinha de creme de leite sem soro, bem gelada.
Sentar com o amorzinho, dar um cheiro no cangote, puxar uma conversa fiada bem agradável e saborear apreciando a beleza da natureza e o privilégio de estar vivo, bem humorado e com um bem querer do lado.. Bom apetite!