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Enterro do corpo de Gilberto Braga será acompanhado só pela família

Gilberto Braga morreu na terça-feira, aos 75 anos

Autor de algumas das novelas mais famosas da história da televisão brasileira, Gilberto Braga será velado a partir das 12h desta quarta-feira, 27, na capela 2 do Cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul do Rio. O sepultamento está marcado para às 16h, em cerimônia restrita a familiares.

Gilberto Braga morreu na terça-feira, aos 75 anos, vítima de uma infecção generalizada, decorrente de uma perfuração no esôfago. Ele estava internado havia dias no hospital Copa Star, em Copacabana, também na zona sul da capital.

Formado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio), Braga foi crítico de teatro e cinema antes de trabalhar como autor. Ele ingressou na TV Globo em 1972, e com o passar dos anos se transformou em um dos principais autores de novelas do País. Foi agraciado com o prêmio internacional Emmy por conta de Paraíso Tropical.

"O Gilberto era certamente o sonho de consumo de irmão. Era muito ligado à família, gostava muito de tradições. Sempre foi muito curioso, estudioso, inteligente, e apaixonado por cinema, por música, por cultura, por televisão", diz a irmã Rosa Maria Araujo. "Ele escrevia o que sentia, o que pensava, o que pesquisava."

Erro da Globo

Após a confirmação da morte do autor Gilberto Braga, o Jornal da Globo preparou uma homenagem relembrando a carreira do escritor. Contudo, o jornal noturno da emissora cometeu um erro ao destacar o que seria a "trilogia de novelas sobre corrupção" do veterano.

As três histórias de Braga sobre o assunto foram: Vale Tudo (1988), O Dono Do Mundo (1991) e Pátria Minha (1994). Porém, a reportagem retirou o último o nome e colocou O Salvador da Pátria (1989), de autoria de Lauro César Muniz. O engano repercutiu nas redes sociais. "O momento em que Jornal da Globo erra e coloca O Salvador da Pátria como se fosse de Gilberto Braga, sendo que é de Lauro Cesar Muniz", anotou, um usuário do Tweeter.

O erro não foi corrigido na edição do Jornal da Globo. Contudo, após o programa, a âncora da atração, Renata Lo Prete, admitiu o equívoco e agradeceu, também pelo Tweeter, a intervenção do público.

Trajetória

Gilberto Braga entrou na Globo em 1972. Entre suas obras mais lembradas, estão as adaptações clássicas, como Helena (1975), de Machado de Assis, e Senhora (1975), de José de Alencar, e Escrava Isaura (1976), inspirada no livro de Bernardo Guimarães. Além de sucessos no horário nobre a exemplo de Dancin’ Days, de 1978, Celebridade (2003), e Paraíso Tropical (2007), que atualmente está sendo reprisada pelo canal Viva.

Seu último trabalho na emissora foi em Babilônia (2015), trama que sofreu resistência do público e amargou baixos índices de audiência. Apesar dos reajustes propostos, o enredo ficou marcado como um dos mais fracos do autor.