Lucas Gerbazi

Eta, que estes dias foram de suspense e vibração. O corpo estava aqui em Salvador mas o pensamento, as emoções, a torcida estavam em Vitória da Conquista, onde Lucas Gerbazi, meu sobrinho querido, disputou o Famus – Festival de Artes e Música Unimed Sudoeste, que teve 195 artistas da região concorrendo. Foi um evento grandioso, que movimentou o segmento e acho que atraiu muito a atenção de toda Bahia.

Foram selecionados 16 concorrentes para a semifinal e no domingo (dia 17), aconteceu a finalíssima. E Lucas foi consagrado no segundo lugar. Fiquei muito feliz. Primeiro, por que não sabia que o meu querido sobrinho compunha tão lindas letras para as suas músicas; segundo, eu ainda não tinha notado a sua excelente voz e musicalidade. Quando o vi cantando tão harmônico e afinado, fiquei eufórica.

Agora sei que existe um grande artista na família. Ele vai ser notícia no mundo inteiro, com certeza, meu lindinho. Se quiserem, já podem ir agendando as entrevistas com ele, que eu já estou com a caneta na mão. Mas ele deu a maior sorte em não ter puxado à titia no voz. Quando eu começava a cantar, até minha mamãe, que me dengava e amava muito, pedia docemente (para não me traumatizar): “Pare de cantar, filhinha. Pode cansar a sua gargantinha”. Pena que ela não esteja aqui para ver o bisnetinho fazendo tanto sucesso. Ela ia ficar muito orgulhosa.

Mas eu fiquei preocupadíssima porque a final aconteceu no domingo á noite. E a vovozinha dele, dona Carmen Lucia, a minha primeira irmã, dava tantos pulos e gritos de euforia que, com certeza, ele estava ouvindo lá, em Vitória da Conquista. Eu e Ana quase ficamos surdas. Os meus vizinhos também devem ter ficado com vontade de virem aqui pra minha casa para torcer conosco. Foi uma noite empolgante. A segunda-feira se iniciou com a família em festa. Valeu, Lucas! Vamos partir para muitos outros sucessos.

É lógico que ligamos para toda a família e todos os amigos para acompanharem o evento e votarem nele. Eu, Carmen e Ana quase ficamos com os dedos enrijecidos de tanto digitar o voto. Um sufoco, meu lindinho, ficar sentada teclando a mesma coisa por muito tempo. Mas, valeu. O bom foi que procurei amigos que, com esta droga de pandemia, não vejo há muito tempo. Além de pedir par votar, matamos a saudade, renovamos o amor. Maravilha pura.

Com a vantagem de receber, além do carinho do reencontro pelo telefone, vários convites para ir almoçar, para matar saudade. E já agendei diversas ‘bocas livres’ para o ‘pós-pandemia’. Minha agenda está pulando de alegria. Adoro visitar e almoçar com amigos, levar aquela conversa mole, fazer aquela fofoquinha sem maldade, só para atualizar as notícias. É bom saborear uma comida gostosa enquanto bate um papinho sem compromisso, para matar o tempo.

Aproveitei para ir visitar a minha cunhadinha amadinha, Odete Lanzotti, que está morando com a filhota, Dara, aqui na Graça. E a cunhada jogou duro no almoço: trouxe uma lasanha de espinafre que estava dos deuses. Coloquei o biquine e pulei dentro da lasanha sem dó. Nham! Maravilha pura. 

Mas não fique aí babando que eu peguei a receita pra você, minha princesa gulosinha. Vamos colocar o avental e rumar pra cozinha, que eu quero provar agora a lasanha feita por você. Vou passar a receita como Odete me mandou. Anote aí.

Lasanha de espinafre de Odete

Ingredientes:

-- Um quilo de peito de frango
-- Alho, sal, pimenta do reino e salsinha desidratada
-- Um maço de espinafre (só as folhas)
-- Um litro de leite
-- Três colheres de amido (maisena)
-- Uma caixinha de creme de leite
-- 500g de macarrão de lasanha (pode ser fresca ou comum)
-- Queijo mussarela e parmesão, quanto baste.

Modo de preparar:

1 - Higienizar o peito de frango e temperar com alho, sal pimenta do reino e salsinha desidratada. Reservar, para pegar o tempero, por pelo menos duas horas;

2 - Levar o frango numa panela de pressão, sem água, deixando cozinhar até o ponto de desfiar. Tirar a tampa da panela para o ar sair, balançando-a até quase desfiar o frango, o que deve ser terminado com as mãos, se necessário. Reservar.

3 - Higienizar as folhas do espinafre, lavando bastante. Colocar água num cuscuzeiro – ou panela de vapor – e botar as folhas em cima, dentro da panela, para que cozinhem no vapor;

4 - Bater as folhas no liquidificador com alho, sal, cebola e salsinha. Acrescentar o litro de leite e três colheres de maisena, deixando bater até homogeneizar.

5 - Juntar o frango desfiado e levar essa mistura bem batida ao fogo até engrossar. Desligar o fogo e acrescentar o creme de leite. Mexer e verificar o sal.

6 - Pegar o macarrão da lasanha e, numa forma, colocar uma camada do molho, uma camada da lasanha e uma segunda camada de molho com a mussarela e queijo ralado por cima.

7 - A próxima camada com a lasanha, o molho com frango, mussarela e queijo até terminar, sendo a última camada com o queijo ralado e mussarela.

8 - Cobrir com papel alumínio e deixar descansar na geladeira de um dia para o outro (para a massa da lasanha amolecer). Colocar no forno para assar 40 minutos antes de servir, e aguardar os elogios fingindo timidez.

Odete disse que agora quer ir lá em casa para comer a lasanha que deve ser por mim. E eu já garanti que vou para a cozinha fazer mas que ela está obrigada a comer, he-he. Comigo é assim: eu sempre disse que não sei cozinhar, só sei comer e dar a receita. Mas se quiserem que eu vá para a cozinha, eu vou. Mas neguinho é obrigado a comer. Bom apetite!