O número de vacinados com ao menos uma dose contra a covid-19 chegou nesta sexta-feira, 13, a 113.503.627 no Brasil, o que corresponde a 53,60% da população. Enquanto isso, aqueles que receberam duas doses ou vacinas de aplicação única são 49 019.161, o equivalente a 23,15% do total.
Ao todo, o País aplicou 2.206.809 doses de imunizantes anticovid nas últimas 24 horas. Foram administradas 1.457.480 primeiras doses, 735.804 doses de reforço e 13.525 vacinas de dose única. Os dados foram reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de 25 Estados e Distrito Federal. Isso porque nesta sexta, em especial, o Acre não informou as informações de vacinação a tempo.
São Paulo continua na liderança como o Estado que, proporcionalmente, mais vacinou com a primeira dose, com 65,73% dos habitantes parcialmente imunizados. Ao mesmo tempo, o Mato Grosso do Sul tem a maior porcentagem imunizada com duas doses ou dose única: 37,32%.
Terceira dose
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) enviou um ofício ao laboratório Pfizer nesta sexta-feira, 13, pedindo informações sobre os estudos de 3ª dose de sua vacina contra a covid-19. Em nota, a agência informou que quer dados sobre a condução desses estudos e os resultados obtidos até agora. O debate sobre o uso de uma injeção de reforço - sobretudo para grupos mais vulneráveis, como idosos - ganhou força esta semana após a morte do ator Tarcísio Meira, de 85 anos, que morreu por causa da doença e já havia se vacinado contra o vírus.
"O objetivo é identificar os dados que embasaram a decisão da agência reguladora norte-americana (Food and Drug Administration, o FDA) que autorizou a aplicação da 3ª dose da vacina contra a covid-19 em pacientes transplantados ou imunocomprometidos", afirmou a Anvisa. O US Food and Drug Administration (FDA), principal órgão de vigilância sanitária dos Estados Unidos, alterou as autorizações de uso emergencial das vacinas Pfizer/BioNTech e Moderna contra a covid-19 para permitir a aplicação de uma 3ª dose dos imunizantes.
A autorização é válida para indivíduos imunossuprimidos, como pessoas que receberam órgãos transplantados ou que tenham doenças que prejudiquem seu sistema imune, e ocorre em meio a uma nova onda de infecções pela doença. Outros países, como Chile e Israel, também têm aplicado uma injeção de reforço em alguns grupos.
A Anvisa informou que propôs uma reunião à empresa, para semana que vem. O objetivo é aprofundar a discussão sobre doses de reforço do imunizante. Em nota, a Pfizer declarou que "está avaliando os dados solicitados e responderá com toda a documentação disponível para a agência regulatória". Segundo a farmacêutica americana, "ainda não há tratativas regulatórias no Brasil para a inclusão de uma terceira dose da vacina em bula".
"Pfizer e a BioNTech estão conduzindo globalmente um estudo de dose de reforço de fase 1/2/3, que contempla, inclusive, centros de pesquisas e voluntários brasileiros." Conforme a Anvisa, até o momento, três pedidos formais de estudos clínicos para aplicação de doses extras de vacinas já foram aprovados. A condução dos testes é de responsabilidade dos laboratórios, informou a agência.
A Pfizer tem autorização da Anvisa, desde 18 de junho, para "conduzir um estudo clínico de avaliação da eficácia e segurança da aplicação de uma terceira dose" de seu imunizante. O estudo da Pfizer investiga os efeitos, a segurança e o benefício de uma terceira dose da vacina. O reforço será aplicado em pessoas que completaram o esquema vacinal, com duas doses, há pelo menos seis meses.
O laboratório AstraZeneca é outro que também está avaliando a segurança, a eficácia e a imunogenicidade de uma terceira dose da versão original de sua vacina. Os testes estão sendo feitos em participantes do estudo inicial que já haviam recebido as duas doses do imunizante, com um intervalo de quatro semanas entre as aplicações.
A AstraZeneca está envolvida ainda em um terceiro estudo. O laboratório desenvolveu uma segunda versão de sua vacina, buscando a imunização contra a variante identificada primeiramente na África do Sul.
O debate sobre o uso de uma injeção de reforço - sobretudo para grupos mais vulneráveis, como idosos - ganhou força esta semana após a morte do ator Tarcísio Meira, de 85 anos, que morreu por causa da doença e já havia se vacinado contra o vírus. A infecção pela covid-19 por pessoas que já foram imunizadas com duas doses ou dose única não demonstra ineficácia da vacina.
Especialistas ouvidos pelo Estadão apontam que o principal benefício dos imunizantes é evitar que a covid-19 evolua para quadros graves, mas reforçam que mesmo quem já foi vacinado pode ser infectado e transmitir a doença - sobretudo em locais em que a taxa de transmissão segue alta.
Mortes
O Brasil registrou 926 novas mortes por covid-19 nesta sexta-feira, 13, elevando para 567.914 o número total de morte da doença. A média móvel de óbitos dos últimos sete dias, que busca eliminar distorções entre dias úteis e fim de semana, continua abaixo de 1 mil pelo 14º dia consecutivo e agora é de 872. Na véspera, o índice ficou em 884.
Nas últimas 24 horas, foram registrados ainda 32.955 novos casos de covid-19. Com isso, o número total de diagnósticos positivos da doença do País passou a ser de 20.317.702.
Os dados diários da pandemia no Brasil são do consórcio de veículos de imprensa formado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL em parceria com 27 secretarias estaduais de Saúde, em balanço divulgado às 20h. Segundo os números do governo, 19,17 milhões de pessoas estão recuperadas da covid-19.