Ciência

Chuva de meteoros pode ser vista no céu do Brasil até 24 de agosto

Essa chuva é formada pelas partículas liberadas pelo cometa 109P Swift-Tuttle

Foto: Pixabay/Creative Commons
A chuva de meteoros Perseida

A noite deste 12 de agosto representa uma boa oportunidade para quem gosta de observar o céu na busca pelas chamadas estrelas cadentes. Desde ontem (11), o planeta Terra testemunha o pico de atividades de uma chuva de meteoros chamada Perseidas, nome dado à área do céu de onde os meteoros parecem se originar, localizada próximo à constelação Perseus.

Essa chuva é formada pelas partículas liberadas pelo cometa 109P Swift-Tuttle durante seus inúmeros retornos ao Sistema Solar interno. Ela está ativa desde o dia 17 de julho, podendo ser observada até 24 de agosto, em especial para quem está no hemisfério Norte. "Mas os brasileiros podem observá-la, ainda que em menor intensidade”, informa o Observatório Nacional.

No auge do evento, são registradas de 75 a 100 ocorrências de meteoros por hora (para habitantes do hemisfério Norte), em velocidades que podem chegar a 60 km por segundo. Para melhor observá-los, o mais indicado são locais afastados da luminosidade urbana.

“Nos centros urbanos observa-se menos atividade, pois somente os mais brilhantes ficam visíveis onde há muita iluminação artificial”, explica o astrônomo do Observatório Nacional e pesquisador do Inmetro Marcelo de Cicco.

Segundo o Observatório, chuvas de meteoros não representam riscos para a Terra e acontecem em praticamente todos os meses do ano. O mês de agosto terá outros eventos do tipo: as chuvas Delta Aquarídeos do Sul e Alfa Capricornids, que também estão ativas; e, ao final do mês, entra em atividade a chuva Aurigids.

De acordo com o Observatório Nacional, o período que vai de outubro a dezembro é o que apresenta a maior concentração de chuvas com intensidade relevante, com destaque para as Orionids, Leonids e Geminds, respectivamente.

Terceiro maior meteorito do Brasil 

O Museu da Geodiversidade da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) recebeu, hoje (12), o terceiro maior meteorito do Brasil. A rocha, de 4,5 bilhões de anos, ficará exposta ao público no museu, na Cidade Universitária, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro.

A descoberta desse meteorito de quase duas toneladas foi feita em 1992 e reconhecida pela comunidade científica internacional em 2011. Os pesquisadores acreditam que a rocha extraterrestre caiu há mais de mil anos onde hoje fica a cidade goiana de Campinorte.

O meteorito é composto principalmente por metais ferro-níquel e foi classificado como "não grupado", por ser diferente de todos os outros descobertos no planeta Terra. A possibilidade de estudar esse tipo de rocha é considerada de grande relevância científica, já que corpos asteroidais dão pistas sobre a formação e a evolução do Sistema Solar.

Para chegar até a universidade, a rocha teve que ser adquirida e transportada para um espaço preparado no museu, a um custo de R$ 350 mil. A maior parte desses recursos saiu da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), que doou R$ 350 mil. A ação também contou com o apoio da Fundação Coppetec, do próprio Museu de Geodiversidade, da Casa da Ciência da UFRJ, e de pesquisadores do Museu Nacional.

O UFRJ já abriga os dois maiores meteoritos descobertos no Brasil, o Bendegó e o Santa Luzia, que ficavam expostos no Museu Nacional e resistiram ao incêndio que destruiu o Palácio Paço de São Cristóvão, em setembro de 2018.