Brasil / Política

Pretas por Salvador prestam apoio a Eliete Paraguassu

Mandato coletivo esteve em Ilha de Maré levando solidariedade à marisqueira feminista

Foto: Assessoria da vereadora

A vereadora Laina Crisóstomo (PSOL), do mandato coletivo Pretas por Salvador, esteve em Ilha de Maré, na terça-feira (13), para prestar apoio à marisqueira feminista negra Eliete Paragassu, liderança comunitária da localidade.

Segundo o mandato coletivo, Eliete está sendo vítima de ataques caluniosos e difamatórios em função da reprodução de racismo e machismo estrutural. 

O mandato coletivo aproveitou o encontro com Eliete para conhecer a extração de petróleo, pela Petrobras, nos poços que existem na localidade desde a década de 1970.

“Queremos conhecer de perto tudo o que ela (Eliete) faz e mostrar que ela não está sozinha, diante das perversidades e violência que a mesma vem sofrendo. Vamos tomar providências legais contra os ataques. Para além disso, é preciso continuar fazendo o enfrentamento ao racismo ambiental praticado pela Prefeitura Municipal de Salvador e pela Petrobrás”, disse Laina Crisóstomo.

Luta

Conforme a vereadora do mandato coletivo, Eliete luta há duas décadas, de forma incansável, pelos direitos das comunidades da ilha, fazendo enfrentamento contra as empresas poluidoras da Baía de Todos os Santos e órgãos ambientais, quando necessário. 

Laine entende que o posicionamento da ativista “tem incomodado um grupo com interesses escusos ou inescrupulosos, que não têm economizado ameaças físicas e falas públicas caluniosas sobre a companheira”. 

Ela diz ainda que “as acusações chegaram à mídia de forma totalmente excludente, difamatória e caluniosa” e que “a reportagem exibida no programa Balanço Geral ouviu só um lado e ainda se referiu a Eliete como ‘ignorante’”.

“A imprensa é, acima de tudo, responsável perante a comunidade por averiguar as informações antes de divulgação, pautando-se nos direitos humanos que proíbem qualquer forma de discriminação e calúnia, reproduzindo fake news. Não quero nada além do que o justo. Não conhecem a minha história, a minha caminhada e falam sobre mim de forma pejorativa. Quero direito a resposta”, disse Eliete Paraguassu.