A Polícia Federal solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta terça-feira (11) a abertura de um inquérito contra o ministro Dias Toffoli por um suposto repasse ilegal de dinheiro. A análise da solicitação está nas mãos do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato.
O pedido foi feito com base na delação premiada do ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral, que já foi condenado 17 vezes pela Justiça em pena que soma 332 anos e 5 meses de prisão, e que diz que Toffoli recebeu cerca de R$ 4 milhões para ajudar dois prefeitos em processos que estavam tramitando no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro presidiou a corte entre 2012 e 2016 e os pagamentos teriam ocorrido entre 2014 e 2015.
Ainda conforme a delação de Cabral, o dinheiro teria sido enviado ao escritório da esposa de Toffoli, Roberta Rangel, pelo ex-secretário de obras do Rio de Janeiro Hudson Braga.
A delação do ex-governador do Rio é alvo de polêmica até mesmo dentro da força-tarefa da Lava Jato no estado fluminense porque, segundo os procuradores, não apresenta fatos novos. Essa é a primeira vez na história que a PF pede uma investigação ao STF contra um ministro da própria corte.