Foi confirmado na noite desta quarta-feira (10), pela Vigilância Sanitária de Riachão do Jacuípe, o primeiro caso da nova variante do Covid-19, conhecida como Cepa de Manaus. Se trata de um morador do município que esteve no Norte do País e vinha sendo monitorado pela Secretaria Municipal de Saúde. “Acredito que nós temos muito mais casos ativos do coronavírus, além do que foi divulgado nesta terça-feira (9) pelo boletim epidemiológico, onde registra 121 ativos e 21 óbitos”. A declaração é do prefeito Carlos Matos que se mostra preocupado com o quadro e chama a atenção de todos para a gravidade do vírus.
Ele diz ainda, que esses números referem-se apenas à aqueles que se apresentaram de forma espontânea para fazer o teste. Se as pessoas que não apareceram forem realizar o teste agora, esses números poderão aumentar podendo chegar até 1.000 casos ativos. Ontem a prefeitura iniciou o teste rápido de COVID nas localidades e regiões com maiores índices do surto. Dos 21 óbitos, 13 aconteceram nos últimos 50 dias.
O gestor jacuipense reconhece também que os índices da pandemia são altos para o tamanho do município. “Isso é fruto da irresponsabilidade da gestão anterior que recebeu muito dinheiro para combater a doença mas infelizmente não entendeu que os recursos eram para serem investidos no combate a pandemia. No entanto nós que assumimos o governo no pior momento, sem dinheiro do governo federal para custear a pandemia, temos que realizar tudo com recursos próprios do município, isso para não deixarmos a população desassistida”, desabafa o prefeito.
Matos comentou ainda que recebeu a prefeitura em janeiro, com dividas junto a Embasa no valor de R$ 516 mil, a Coelba com R$ 492 mil, o Consórcio da Bacia do Jacuípe na ordem de R$ 78 mil. Há débitos também, com locações de aparelhos de ar condicionados R$ 400 mil, multas de transito R$ 120 mil, além de uma Policlínica de Feira de Santana. Tem ainda, Precatórios e dividas previdenciárias que levaram nesta quarta-feira ao bloqueio de quase R$ 800 mil do FPM, fruto de um parcelamento feito no final da gestão anterior, deixando o município praticamente em situação irreversível no ponto de vista financeiro, onde a prefeitura poderá fechar as portas caso não se reverta o quadro, e aconteça outros seqüestros.
Ações – O prefeito comentou ainda, que nesses 70 dias de mandato já obteve algumas conquistas relevantes para o município, no tocante a geração de emprego e renda e relata: “Nesta área estamos em negociação com algumas empresas do ramo calçadista. Já houve reuniões com cinco representantes, com avanços, aguardando apenas a oportunidade para fecharmos. Quanto às obras, estamos fazendo a parte estrutural: Limpeza de ruas e de bairros da cidade, recuperação de estradas vicinais. Poderíamos realizar mais, e só não fizemos por conta de algumas máquinas e veículos encontrados destruídos, o que nos levou no inicio do governo a expor as carcaças em praça pública para que a população tomasse conhecimentos da realidade”.
Ele pede também, para que o secretário de Infraestrutura do estado olhe para as péssimas condições de conservação que se encontra a BA 120 que liga Riachão do Jacuípe a Coité e Riachão a Serra Preta e da BA 233 que liga Riachão a cidade de Pé de Serra, todas em situações criticas, o que tem causado grandes transtornos à economia local e regional.