Elaine Soares Bastos, companheira do cantor Paulinho, morto em 2020, entrou na Justiça para disputar a herança juntamente com os dois filhos dele. A psicóloga está pedindo em uma ação o reconhecimento de união estável com o vocalista do grupo Roupa Nova. "Soube que eles [filhos] abriram o inventário logo depois da morte do pai, no dia 16 de dezembro, na 7ª Vara da Comarca da capital, e não me incluíram", explicou Elaine, em entrevista à revista Quem.

"Desde o início, queria fazer tudo de forma consensual, não queria, nem quero, briga nem confusão. Vivi durante 16 anos com o Paulinho uma vida marital. Nosso acervo de fotos de viagens já mostra. A vida do Paulinho era eu e ele era a minha vida. Ele era totalmente dependente emocionalmente de mim e eu também dele", completou.

Elaine também afirmou que há pouco mais de 14 anos é dependente do artista no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), alegando que chegou a dar entrada no INSS para ter direito a pensão: "A maior preocupação dele era como ia ficar o meu padrão de vida, ele queria montar algo para mim. Fiquei muito surpresa por não ter sido incluída no inventário porque não esperava. [...] Estou vivendo o meu luto. Só saio de casa para ir ao psiquiatra e volto".

Segundo a artista Twigg, filha de Paulinho, as declações de Eliane Soares sobre o assunto não têm fundamento. "Meu irmão e eu abrimos o inventário do meu pai porque somos herdeiros legítimos. [...] Ela entrou na Justiça contra meu irmão e eu para solicitar o reconhecimento de união estável após a morte do meu pai. Eu nunca quis briga, só quero paz", explicou Twigg.

Paulinho morreu no dia 14 de dezembro do ano passado, devido às complicações da Covid-19. Ele estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do hospital Copa D'Or, no Rio de Janeiro, desde o início de novembro. Antes de receber o diagnóstico da doença, o músico estava se recuperando de um transplante de medula óssea autólogo para tratar de um linfoma.