O ator Eduardo Galvão morreu na noite de ontem (8), vítima de covid-19, aos 58 anos. A informação foi divulgada pela TV Globo, emissora para a qual o artista fez vários trabalhos. Galvão estava internado na unidade de tratamento intensivo (UTI) do Hospital da Unimed, no Rio de Janeiro.
A informação da morte foi confirmada pela família por volta da meia-noite.
Há duas semanas, em mensagem de áudio enviada ao ator Stepan Nercessian, Eduardo Galvão falou sobre a doença:
"Muito ruim isso, cara. Se liga aí, Stepan. Sai de casa não, cara. Fica ligado aí. E o medo que dá, cara. Tu não sabe se vem coisa pior. Se vai melhorar, se não vai".
O primeiro trabalho do ator na TV foi a novela O Salvador da Pátria, de 1989. Ele estrelou dezenas de novelas na TV Globo, como "O Salvador da Pátria" (1989), "A Viagem", "O Clone", "Despedida de Solteiro", "Paraíso Tropical", "Porto dos Milagres", entre outras. Seu trabalho mais recente na TV foi em "Bom Sucesso", em 2019.
O ator era conhecido também por trabalhos como a série infantil "Caça Talentos". Atuou ainda em "Malhação", "Chiquinha Gonzaga", "Os Normais" e "Casseta & Planeta, Urgente!", entre outras produções.
Na Record, integrou o elenco de "Apocalipse" (2017), e na Band fez "Dance Dance Dance" (2007). No GNT e na HBO, participou das séries "Questão de Família" (2014) e "Magnífica 70" (2015).
Fez ainda parte do elenco de produções de outras emissoras, como a série Um Menino Muito Maluquinho, coproduzida pela antiga TVE (hoje TV Brasil). Ele também participou de filmes como Um Tio Quase Perfeito (2017) e Didi, o Caçador de Tesouros (2006).
Repercussão
O Clube de Regatas do Flamengo, de quem o ator Eduardo Galvão era torcedor, publicou nota "lamentando profundamente o falecimento" e destacando que ele era "sempre participativo nos eventos do clube"
A apresentadora e atriz Angélica, seu par romântico em "Caça-Talentos", usou o Instagram para comentar a morte do colega. "Poxa, Eduardo Galvão, eu não consigo acreditar que essa doença te levou da gente... Tá muito difícil... Precisamos tanto da sua leveza, alegria, liberdade e carinho nesse mundo!"
A atriz Deborah Secco se disse "arrasada" e o apresentador Galvão Bueno postou: "Amigo querido. R.I.P. [descanse em paz}, xará".
A atriz Patrícia Pillar considerou "uma tristeza imensa a perda do ator Eduardo Galvão", para ela um "grande colega de trabalho, um cara leve e super divertido".
No Brasil
As mortes em consequência do novo coronavírus atingiram 177.317 na segunda-feira (7) . Nas 24 horas desde o boletim desse domingo, foram registradas 376 novas mortes. Ontem, o painel do Ministério da Saúde sobre a covid-19 marcava 176.941 óbitos. Ainda há 2.196 falecimentos em investigação, dados relativos a ontem.
Os dados estão no balanço diário do Ministério da Saúde, divulgado na noite desta segunda-feira (7). A atualização é feita a partir de notificações enviadas pelas secretarias estaduais de saúde.
O número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia atingiu 6.623.911. Entre ontem e hoje, as autoridades de saúde notificaram 20.371 novos diagnósticos positivos de covid-19. Ontem, o painel do Ministério da Saúde trazia 6.603.540 casos acumulados.
Ainda conforme a atualização do órgão, há 645.527 pacientes em acompanhamento. Outras 5.801.067 pessoas se recuperaram da doença.
Normalmente, os casos são menores aos domingos e segundas-feiras em função da dificuldade de alimentação pelas secretarias estaduais de saúde. Já às terças-feiras, eles podem subir mais em função da atualização dos registros acumulados.
A lista dos estados com mais mortes pela covid-19 é encabeçada por São Paulo (43.040), Rio de Janeiro (23.151), Minas Gerais (10.341), Ceará (9.704) e Pernambuco (9.170). As Unidades da Federação com menos óbitos pela doença são Acre (736), Roraima (744), Amapá (831), Tocantins (1.184) e Rondônia (1.604).
No mundo
O Reino Unido inicia nesta terça-feira (8) o plano de vacinação da população contra a covid-19.
O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, diz que se trata de um “momento histórico", referindo-se à data como o "Dia V" [uma referência ao Dia da Vitória da II Guerra Mundial].
País europeu mais afetado pela pandemia (com mais de 61 mil mortos e mais de 1,7 milhão de casos de infeção), o Reino Unido é o primeiro país no mundo a autorizar a utilização da vacina anticovid-19 desenvolvida pelo grupo farmacêutico norte-americano Pfizer e pela empresa alemã BioNTech, e será o primeiro país ocidental a iniciar a sua campanha de vacinação.
Em comunicado divulgado no fim de semana, Matt Hancock informou que os primeiros grupos que vão receber a vacina serão “os mais vulneráveis e aqueles com mais de 80 anos”, bem como os funcionários de lares e residências seniores e do serviço de saúde público britânico (NHS, na sigla em inglês).
As especificidades da vacina Pfizer/BioNTech, que necessita de conservação a 70 graus negativos, representam um desafio logístico, disseram as autoridades sanitárias britânicas, acrescentando que as doses têm de ser transportadas por uma empresa especializada e que o descongelamento demora várias horas.
O Reino Unido encomendou 40 milhões de doses da vacina Pfizer/BioNTech, o que permite proteger 20 milhões de pessoas, uma vez que esta vacina se administra com duas doses.
Numa primeira fase, estarão disponíveis 800 mil doses no país.
Apesar da rapidez com que a agência reguladora britânica aprovou a vacina Pfizer/BioNTech, a diretora executiva do organismo, June Raine, reiterou que "os mais elevados padrões” internacionais foram aplicados.