Os primeiros resultados clínicos da vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) produzida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, foram "extremamente promissores" e podem fornecer uma "dupla proteção" contra o vírus, revela a mídia britânica nesta quinta-feira (16).
Os resultados completos da primeira fase de testes serão divulgados na próxima segunda-feira (20) na revista científica "The Lancet". A vacina candidata é uma das 20 que estão em desenvolvimento e uma das mais avançadas no mundo, já sendo testada na chamada "fase 3".
Batizada de ChAdOx1 nCoV-19, ela está sendo testada também no Brasil, pois o país tem ainda uma alta taxa de transmissão da doença, e a farmacêutica AstraZeneca - que será quem produzirá e distribuirá a vacina - anunciou que está produzindo a medicação mesmo sem a finalização dos testes.
Segundo a mídia britânica, os resultados foram positivos porque conseguiram estimular a resposta imunológica ao Sars-CoV-2 já nos primeiros voluntários, que tomaram doses da vacina em abril.
Recentemente, o ministro da Saúde do Reino Unido, Matt Hancock, afirmou que a vacina deve estar disponível para distribuição em massa em 2021.
As informações sobre a ChAdOx1 nCoV-19 são divulgadas um dia depois de outra candidata, a mRNA-1273, desenvolvida pela empresa norte-americana Moderna e pelo Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas (NIAID), apresentar resultados positivos na segunda fase.
Tanto a vacina da Oxford como a da Moderna estão na fase mais avançada dos testes clínicos, assim como as chinesas CoronaVac (feita pela Sinovac Biotech e que também está sendo testada no Brasi), e Ad5-nCoV (que está sendo testada em militares chineses e tem produção da CanSino e da Academia de Ciências Militares do país) e uma vacina anunciada pela Rússia (criada pela Universidade de Sechenov).