A assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou uma resolução nesta terça-feira (19) em que autoriza uma investigação "imparcial, independente e global" da gestão da entidade perante à pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2).
O texto afirma que a análise deve começar "em momento oportuno e em consulta com os Estados-membros", sem precisar uma data específica, e terá como foco "analisar as ações da OMS e o seu calendário relativo à pandemia Covid-19".
"Deve formular as recomendações para melhorar a prevenção global e a capacidade de resposta, também através de um reforço apropriado do programa de emergência sanitária da OMS".
A resolução, que havia sido apresentada pela União Europeia e já tinha recebido a adesão de mais de 100 países, foi aprovada através de uma votação pública, em que os participantes levantaram as mãos. Todos os 194 participantes aprovaram a medida, incluindo os Estados Unidos e a China.
Além disso, o documento pede que os Estados-membros "forneçam financiamentos sustentáveis à Organização Mundial da Saúde para garantir que possam ser respondidas, de maneira plena, as necessidades de saúde pública na resposta global ao coronavírus".
A aprovação do texto ocorre em um momento de tensão, especialmente, entre os governos dos Estados Unidos e da China.
Nesta terça, o presidente Donald Trump afirmou que iria cortar o financiamento do país à entidade se não houvesse uma resposta da OMS "nos próximos 30 dias" sobre uma reestruturação. Trump acusa a entidade de estar "excessivamente" ligada à China.
Por sua vez, os chineses afirmam que o mandatário tenta desviar as atenções de sua "má gestão da pandemia" no país com os ataques à OMS.