Opinião

Coronavírus e o lado positivo da pandemia

No caso do coronavírus o lado negativo todos já sabem

Tudo na vida tem dois lados que são opostos e complementares ao mesmo tempo. Ou seja: um lado se encaixa perfeitamente no outro.

Assim são as situações. Em todos os acontecimentos tem o lado positivo e o negativo.

No caso do coronavírus o lado negativo todos já sabem. O vírus é perigoso, se espalha com facilidade e não o conhecemos em profundidade. É novo.

O positivo é a reflexão que nós, brasileiros, podemos fazer.

Uma análise que passa pela valorização do nosso Sistema Único de Saúde (SUS), de nossas Leis trabalhistas e da educação pública como aporte de sustentabilidade de uma nação, até o aprendizado para mudanças de hábitos que melhora a vida do cidadão, como por exemplo o cuidado com o corpo que inclui o alimento para o espírito, para a mente e para o físico, com atenção no fortalecimento do sistema imunológico como indica o Professor, Médico e Imunologista Eduardo Tosta, da Universidade de Brasília (UNB).

Na atualidade o governo brasileiro tem nos Estados Unidos da América um referencial de gestão pública a ser seguido, inclusive já desencadeou uma série de mudanças que atinge diretamente as leis trabalhistas, o atendimento público de saúde e o desenvolvimento da ciência.

Sim, acreditamos que em todos os lugares do mundo, há coisas boas a serem seguidas e coisas nem tão boas assim.

Hoje o governo americano tem um grande problema nas mãos: controlar a pandemia - nome dado quando uma doença se espalha e atinge muita gente.

Os americanos sofrem com a falta de atendimento na área de saúde.

Eles não têm direito a serviços médicos e hospitalares público e gratuito, muitas pessoas não podem pagar os "planos de saúde" e muito menos pagar o atendimento particular que é extremamente caro.

Além disto eles ainda sofrem com as leis que não protegem os trabalhadores em caso de doença.

Nos Estados Unidos não existe licença médica. Se a pessoa ficar doente, ela tem duas opções: ir trabalhar doente ou deixar de ir e não receber o salário, inclusive pode perder o emprego.

Geralmente as pessoas preferem, por necessidade, continuar trabalhando, mesmo com o corpo debilitado. Esta atitude, neste caso específico, tem consequências graves para todos, independente da classe social que pertença.

A falta de acesso a saúde pelas pessoas que tem pouco dinheiro junto com a necessidade da população de manter-se produzindo para garantir o salário, impede que o país tenha dados reais sobre a disseminação da doença, fato complicador para se planejar rapidamente ações adequadas e eficazes para o combate do vírus

Lembre-se que o trabalhador pode esconder os sintomas para conseguir sustentar-se financeiramente.

Os Estados Unidos decretam emergência nacional por conta do coronavírus.

Neste momento é bom refletirmos o quanto é importante para o Brasil a manutenção do Sistema Único de Saúde (SUS) e de leis que garantam o atendimento médico digno e descanso necessário para que os trabalhadores consigam se recuperar em caso de doenças.

Além de serem ações humanitárias, garantem ao governo o conhecimento necessário para a tomada de medidas que contribuam para o controle de vírus que podem atingir até os mais nobres sujeitos de uma nação.

Como no Brasil ainda se tem atendimento médico gratuito, sucateado, mas existente, é possível para qualquer pessoa saber se contraiu o vírus ou não.

Mas, muita calma nessa hora. O exame está disponível somente para quem apresente um quadro que indique a necessidade dos testes. É preciso passar pela avaliação médica.

Quem não tem o coronavírus, a maioria da população, é preciso aprender a cuidar do próprio corpo melhorando a imunidade; se você for espiritualista é preciso aprender a alimentar a fé; e temporariamente é preciso mudar alguns hábitos como evitar lugares com muita gente e ambientes fechados.

Para aumentar a fé lembramos da passagem de Nosso Senhor Jesus Cristo quando atravessava o mar da Galiléia e uma forte tempestade atingia o barco que o conduzia.

Os marinheiros desesperados, com medo de morrerem afogados, acordaram Jesus que dormia tranquilamente e disse: "Senhor, salve-nos, pois estamos prestes a morrer" (Mateus 8:25). Quando Jesus ouve essas palavras diz aos apóstolos: "por que vocês estão com tanto medo, homens de pouca fé?"

Nada nos acontece sem a permissão do Pai.

A confiança na proteção Divina, independente da religião seguida, colabora para estabilizar o emocional tão necessário ao bem estar corpóreo que ajuda a melhorar a imunidade.

Para se conseguir o controle e até a extinção do coronavírus e qualquer outra doença é necessário uma quantidade significativa de pessoas qualificadas trabalhando para encontrar a solução do problema, e outras tantas para difundir e instituir ações que viabilizem a solução encontrada.

Na Bahia os casos estão sendo acompanhados pelo laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-Ba) que registrou o oitavo caso da doença hoje, domingo dia 15, sendo 4 em Feira de Santana e 4 em Salvador.

Todos com o mapeamento da cadeia de infecção como afirma o Secretário de Saúde Pública da Bahia, Fábio Vilas-Boas, ou seja, os cientistas sabem exatamente de onde veio o vírus, o que possibilita maior controle da pandemia.

Por exemplo, se sabemos que o vírus veio de uma determinada região da Itália podemos bloquear a entrada de turistas vindo da região ou país e controlar o retorno dos brasileiros, realizando procedimentos que identifique se a pessoa tem a doença ou não.

Para este movimento continuar acontecendo é preciso educação de qualidade desde o fundamental 1 até os cursos de pós graduação e investimento em ciência, condições sem as quais é impossível enfrentar os problemas atuais.

Neste caso é preciso refletir o quanto é importante para o Brasil a educação pública de qualidade, visto que temos um país com quase 200 milhões de habitantes que ocupa o 78º lugar do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que é uma medida adotada pela Organização das Nações Unidas que compara o grau de desenvolvimento de um país, onde o nível de escolaridade é um dos critérios a ser analisado.

Por causa do investimento em ciência no passado recente, do serviço de saúde pública ainda funcionando e de leis que ainda garantem ao trabalhador a licença remunerada para cuidar da saúde, o Brasil tem mais capacidade de gerenciar a crise do que o Estados Unidos.