Quando foi a última vez que se propôs a fazer uma atividade diferente? Segundo informações divulgadas pela Universidade de Duke, nos Estados Unidos, uma média de 40% das ações do cotidiano são realizadas no formato de piloto-automático.
Neste contexto, o jornalista Charles Duhigg afirma no livro “O Poder do Hábito - Por Que Fazemos o Que Fazemos na Vida e Nos Negócios” que os chamados atos inconscientes ocorrem devido a constante necessidade do cérebro humano em poupar esforços.
Dispense recompensas
A primeira etapa na construção de um hábito consiste no gatilho onde um estímulo é capaz de acionar certa atitude. Em seguida, a rotina aparece com a função de dar sequência às atividades físicas, intelectuais e emocionais ativadas. Por fim, o sistema exige uma recompensa a fim de incentivar a memorização da ação. Logo, o ciclo permanece ineficaz ao retirar a última fase, pois o benefício do comportamento involuntário deixa de existir.
Pratique a substituição
A motivação é a base da mudança de hábito, mas não é o suficiente para modificá-lo da noite para o dia porque o cérebro tende a criar resistência no processo de adaptação diante de um novo comportamento. Então, é preciso priorizar a substituição ao abandono. Durante uma dieta, por exemplo, nutricionistas recomendam trocar o chocolate ao leite pelo meio amargo, por este ser mais saudável e menos calórico.
“Não vá com sede ao pote”
O excesso de motivação pode se tornar uma armadilha ao provocar um esforço excessivo no início do processo e uma desistência no meio do caminho, ocasionada pelo cansaço. Neste caso, trabalhe em doses homeopáticas. Se pretende estudar uma nova língua durante uma hora por dia, dedique-se ao menos trinta minutos e aumente o período de maneira gradual, até alcançar o objetivo inicial.
Fique atento com a frequência
A constância é uma das partes mais desafiadoras de um processo de mudança de hábito, pois o fato de um novo comportamento remeter a uma ação definitiva gera uma barreira emocional. Contudo, há a possibilidade de fazer uma reprogramação mental menos penosa ao se apoiar em prazos curtos, como a Teoria dos 21 dias, na qual a pessoa utiliza este período para implantar as novas ações no cotidiano sem precisar dispor de um comprometimento maior.
Fuja de padrões negativos
Além das distrações físicas em uma modificação comportamental, existem também as barreiras mentais. Entretanto, a técnica do “mas” é uma espécie de braço direito no contorno desta situação. Ao ter pensamentos sabotadores, corrija-os, usando o “mas”. Por exemplo, “exercitar-se todos os dias é cansativo, mas fará bem à saúde”.