Doris Pinheiro

Entenda o que rituais pagãos têm a ver com festejos juninos do Brasil

E veja como nada é simplesmente o que parece ser

Foto: pxhere/Creative Commons

Confesso que não sou uma pessoa que tenha tido uma boa festa de São João como referência.

Minha família, há muito anos em Salvador, sem raízes mais vivas no interior, sempre esteve por aqui no período.

Então São João para mim é festa na escola, fogueirinha na rua, fogos de artifício, roupinha de caipira, mas é também uma fantasia de felicidade, porque vejo o quanto a festa é importante para toda a Bahia, para todo o Nordeste e imagino o quanto ela marca a vida de muita gente.

Por isso, minha coluna hoje homenageia este momento que é de reencontro com as raízes para muitos dos meus amigos e para o povo da minha terra.

Mas minha coluna hoje é também meio egoísta e mata uma curiosidade minha de muito tempo respondendo a uma pergunta que gira na minha cabeça: de que maneira os rituais “pagãos” e as celebrações ao São João se entrelaçaram mundo afora?

E como é tempo de celebrar, vamos entrecortar a coluna com música, que é uma das coisas mais lindas que esta festa tem.

Começo com uma que me lembra do tempo de infância, "Cai, Cai Balão", do santamarense Assis Valente, aqui na interpretação de Pixinguinha e sua banda

Mas vamos começar a contar a história...

No meio do ano, mais precisamente entre 19 e 25 de junho, em várias partes do mundo, são realizadas as festas juninas, as festas dos santos populares e as celebrações do meio do verão, em inglês Midsummer.

A origem, lá atrás, antes da Era Cristã, são as celebrações pagãs pela vida e pela fertilidade nos solstícios de verão, no Hemisfério Norte, e de inverno, no Hemisfério Sul.

Na segunda quinzena do mês de junho, quando ocorria o solstício de verão na Europa, havia em todo o continente o culto a deuses da natureza.

Um desses deuses era Adônis, que, segundo o mito grego, foi disputado por Afrodite, deusa do amor, e Perséfone, deusa das ervas, frutos e perfumes, que foi obrigada por Hades a viver, como sua esposa, no seu mundo dos mortos, embaixo da terra.

A disputa foi apaziguada por Zeus, que determinou que Adônis passaria metade do ano com Afrodite, no mundo superior, à luz do Sol, e a outra metade com Perséfone, no mundo inferior, nas trevas.

Essa disputa entre deusas acabou sendo associada aos ciclos naturais da vegetação, que morre no inverno e renasce e se revigora na primavera e verão.

O culto a Adônis, cujo dia específico era 24 de junho, tinha por objetivo a celebração dessa renovação, da “boa-nova” do renascer da natureza. Essa ideia foi assimilada pelo Cristianismo, que substituiu Adônis por São João Batista.

Artifício para a conversão

Esta troca é exemplo de um artifício largamente utilizado pela Igreja Católica em seu processo de assimilação dos antigos cultos pagãos europeus, na transição da Idade Antiga para a Idade Média.

O propósito era substituir os rituais realizados em honra dos deuses gregos, romanos, nórdicos e médio-orientais por celebrações do calendário cristão  que coincidissem nas datas e que se assemelhassem de algum modo na forma.

A Igreja Católica sabia que as tradições pagãs eram muito antigas e estavam profundamente enraizadas. Esta “sobreposição” simbólica foi planejada então para que os diferentes povos, que deviam ser catequisados e trazidos para o Catolicismo, aceitassem mais facilmente e suas celebrações fossem absorvidas e modificadas.

O fato é que as celebrações de meio de ano, que misturam rituais cristãos e pagãos, hoje são especialmente importantes nos países do Norte da Europa – Dinamarca, Estônia, Finlândia, Letônia, Lituânia, Noruega e Suécia – mas também ocorrem bastante na Irlanda, em partes do Reino Unido, especialmente na Cornualha, na Polônia, Rússia, Bielorússia, Alemanha, Holanda, França, Itália, Malta, Portugal e Espanha.

Os festejos também acontecem no Canadá, Estados Unidos, Austrália, Porto Rico, e claro, no Brasil e em países de ocupação portuguesa na África e na Ásia. Os portugueses deixaram bem marcada essa tradição dos santos populares.

Fogueiras unem tradições

Durante o processo de propagação do Cristianismo por regiões de tradição pagã, as celebrações do midsommar foram transformadas em feriados cristãos. Por isso até hoje as festas misturam tradições cristãs com tradições derivadas de festividades pagãs.

Na Europa a população que vivia no campo, antes da Era Cristã, celebrava a fertilidade dos animais e da terra acendendo fogueiras, dançando em volta delas e passando entre elas em busca de purificação e proteção contra doenças.

Para os católicos, a fogueira é símbolo de um acordo entre as primas Maria e Isabel. Santa Isabel teria ido à casa de Maria (Nossa Senhora) para contar que em breve teria um filho. As duas combinaram então que Maria seria informada do nascimento de João através de uma fogueira que seria acesa na casa de Isabel.

Assim, a fogueira tornou-se na Idade Média um símbolo da festa de São João Batista,  e um traço comum que une todas as Festas de São João europeias.

Nas Igrejas Católica, Ortodoxa e algumas Protestantes o dia 24 de junho é o dia do nascimento de São João Batista.

Ocorre seis meses antes do Natal porque o Evangelho de Lucas (Lucas 01:26 e Lucas 1.36) diz que João Batista nasceu seis meses antes de Jesus, embora a Bíblia não diga em que época do ano isso aconteceu.

Pois é, olha só como o ser humano é criativo e engenhoso e como nada é simplesmente o que parece ser quando a gente procurar entender mais a fundo.

Mas afinal de contas é dia de festa e a gente tem o melhor São João do mundo. 

E para celebrar isso, antes de começar nosso tour pela Europa, de onde veio a tradição, e um pouquinho pela América. Vamos de mais música!

Chegou a Hora da Fogueira, de Lamartine Babo, com Carmen Miranda e Mario Reis

..:As celebrações pelo mundo::..

Vou em ordem alfabética para ficar mais fácil...

Alemanha - O dia do solstício de verão é chamado Sommersonnenwende em alemão. Chegou a ser proibido em 1653 em Nuremberg pelo Conselho da cidade, que considerava as celebrações que os jovens faziam acendendo fogueiras, queimando flores e ervas e pulando sobre elas coisa de pagão.

Mas o fato é que até hoje é um costume em muitas áreas da Alemanha as pessoas se reunirem para acender fogueiras e comemorar o solstício. São João lá não é muito famoso.

Áustria – Uma procissão fabulosa de navios pelo rio Danúbio celebra o solstício de verão na Áustria. Até 30 navios navegam pelo rio, um após o outro, e os  fogos de artifício explodem nas margens onde também são acesas fogueiras. Juro que fiquei com muita vontade de participar, deve ser absolutamente lindo.

Bulgária - Os búlgaros celebram o Enyovden - quando o sol nasce, "pisca" e "brinca" e dia em que qualquer um que veja o nascer do sol será saudável durante todo o ano. Já a Igreja Ortodoxa Oriental celebra João Batista. O resultado é que os ritos e tradições se misturam, como dança descalça sobre brasas da fogueira.  

Bom, e para animar do nosso jeito, hora de botar para tocar Dominguinhos, com “Isso Aqui Tá Bom Demais”

Quer mais Dominguinhos?

Canadá - Em Quebec a celebração foi levada à Nova França pelos primeiros colonizadores franceses em 1638, e grandes fogueiras eram acesas à noite. Em 1908 o papa Pio X designou João Batista como o santo padroeiro dos franco-canadenses. Em 1925, 24 de junho tornou-se feriado legal em Quebec e em 1977 tornou-se o feriado nacional secular do Quebec. Em todos os lugares são acesas fogueiras à noite.

Croácia - A tradição de Sveti Ivan Krstitelj (São João Batista), também chamada Ivanjdan ou Svitnjak na Herzegovina Ocidental e na costa da Croácia, é celebrada em 23 de junho. As pessoas acendem grandes fogueiras em nome de São João Batista, e a festa também está conectada às antigas tradições eslavas de Kresnik, o deus do sol. 

Há locais como Ri?ice, onde São João Batista é o patrono em que as crianças levam lenha e então uma fogueira é acesa ao pôr do sol.

Dinamarca - Na Dinamarca, a celebração do solstício é chamada de sankthans ou sankthansaften ("véspera de São João"). A data é comemorada desde os tempos dos vikings, que faziam grandes fogueiras para afastar maus espíritos e visitavam poços de água de cura.

Hoje, fogueiras na praia, piqueniques e apresentações musicais são tradicionais. Dinamarqueses celebram o solstício de verão cantando um hino em volta das fogueiras, composto em 1885 por Holger Drachmann.

Ele não é viking mas foi um desbravador da música brasileira e uma cabra macho retado. Chega o nosso Gonzagão para animar a festa! Uma seleção de primeira!

?Eslovênia - Na Eslovênia, a festa de Kresna no? costumava ser celebrada em 21 de junho, mas foi transferida para o dia primeiro de maio, o Dia Internacional dos Trabalhadores. Kresna no? costumava ser conectado com o deus eslavo Kresnik, que mais tarde foi substituído por São João Batista.

Espanha - A festa tradicional de verão na Espanha é a celebração a São João Batista (espanhol: San Juan , catalão: Sant Joan , galego: San Xoán , asturiano: San Xuan ) que acontece na noite de 23 de junho.  Fogueiras são acesas em todo o país e a queima de fogos também acontece. 

Desde a costa do Mediterrâneo, especialmente na Catalunha e em Valência, até o Norte, na Galícia, de onde vieram muitos dos que hoje se tornaram baianos, se pode ver tanto a influência Cristã quanto pagã nas festas, que revelam para a cultura espanhola neste momento a importância das plantas medicinais, o significado do fogo para afastar o mal e os poderes milagrosos da água. 

As fogueiras são acesas por volta da meia-noite, nas praias e no interior e o ritual de pular três vezes a fogueira ainda é realizado.

A bebida tradicional é a Queimada, uma bebida resultante da queima da grappa galega misturada com açúcar, grãos de café e pedaços de frutas, que é preparada enquanto se canta um encantamento contra os maus espíritos.

Estônia - " Jaanipäev " ("Dia de Jaan" em inglês) foi celebrado muito antes da chegada do cristianismo na Estônia. Foi rebatizado pelos cruzados.  A chegada do cristianismo, no entanto, não acabou com as crenças pagãs e os rituais de fertilidade em torno deste feriado e alguns dos rituais de Jaanipäev têm raízes folclóricas muito fortes. 

O mais conhecido ritual Jaanik, ou meio do verão, é a iluminação da fogueira e saltar sobre ela. Isso é visto como uma forma de garantir a prosperidade e evitar a má sorte. Estourando em todo o país, “Esperando na Janela” trouxe de volta um certo encantamento que andava faltando na música brasileira. De Raimundinho do Acordeon, Targino Gondim e Manuca Almeida, na voz de Gilberto Gil.

Finlândia - Antes de 1316, o solstício de verão era chamado de Ukon juhla ("celebração de Ukko"), mas após  as celebrações serem cristianizadas o feriado se tornou conhecido como Juhannus por conta de São João Batista.

Na celebração, fogueiras são queimados nas margens de lagos e à beira do mar. Ramos de árvores de vidoeiro são colocados nos lados da porta da frente das casas para receber os visitantes. 

Uma característica importante do solstício de verão na Finlândia é a noite branca e o sol da meia-noite, já que o país fica em torno do Círculo Polar Ártico e as noites perto do solstício são muito curtas.

França - A Fête de la Saint-Jean (Festa de São João) é comemorada no dia 24 de junho e tem como principal símbolo a fogueira. Em algumas cidades uma grande fogueira é acesa em homenagem a São João Batista, mas também relembra rituais pagãos.

Grécia - A véspera do dia da Natividade de João Batista é celebrada com festivais em cidades e aldeias, tanto no continente como nas ilhas gregas, seguindo a tradição ortodoxa oriental. 

Tradicionalmente, a celebração do solstício de verão é chamada Klidonas ( Κλ?δονας ), significando signo ou oráculo, e é considerada uma época em que garotas solteiras descobrem seus potenciais parceiros e para isso realizam um ritual. 

Fogueiras são acesas e há  música, dança e as pessoas pulam sobre as chamas.

Está faltando saia neste forró! Então já mandei buscar Elba Ramalho.

E como Elba nunca é demais...

Hungria - Em 21 de junho, os húngaros celebram a "Noite de São Ivan" ( Szentiván-éj ). O mais significativo costume é acender o fogo da Noite de Verão ( szentiváni t?zgyújtás ) no dia de São João, venerado somente a partir do Século V dc.

Até hoje são acesas fogueiras e as pessoas pulam sobre o fogo com o objetivo de se purificar, mas também acreditando que um salto bem sucedido leva a um bom casamento.

Irlanda - Muitas vilas e cidades fazem “carnavais de verão” onde há feiras, concertos musicais e queima de fogos de artifício.  Nas zonas rurais fogueiras são acesas. Tradicionalmente, o dia mais longo do ano na Irlanda cai em 21 de junho.

Itália -  A Itália celebra o Dia de San Giovanni (São João) com danças e festivais por todo o país. A festa existe em Florença desde a Idade Média com festivais que duravam três dias. São João Batista é o santo padroeiro de Gênova, Florença e Turim, onde  a celebração também ocorre desde os tempos medievais.

E aí fui atrás do fofo e sem vergonha do Genival Lacerda paraa cantar pra gente. Estava com saudade dele

E tome mais Genival Lacerda!

Letônia – Na Letônia o solstício de verão é chamado J??i (plural de nome letão J?nis, que é equivalente a João) ou L?go sv?tki (sv?tki = festival). 

É celebrado da noite de 23 de junho a 24 de junho em quase todo o país e há muitas tradições pagãs, como comer queijo Jani, beber cerveja, cantar canções folclóricas letãs dedicadas a J??i, acender fogueiras e pular sobre elas, com as mulheres usando de flores e os homens coroas de folhas de carvalho.

Lituânia - O  solstício de verão é comumente chamado de Dia de João (Jonin?s) na Lituânia e também é conhecido como Festival de Saint Jonas, Rasos (Feriado de Orvalho) e Kupol?. 

É comemorado na noite de 23 e durante todo o dia 24 de junho com canto e dança até o pôr do sol, procurando encontrar a flor de samambaia mágica à meia-noite, pulando fogueiras, saudando o sol nascente do verão e lavando o rosto com um orvalho da manhã. 

Noruega – O Sankthansaften é comemorado em 23 de junho na Noruega e é considerado um evento secular, anterior ao Cristianismo. Apesar disso, o dia também é chamado de Jonsok, que significa "despertar de João".

Na maioria das localidades o evento principal é a queima de uma grande fogueira. No Oeste da Noruega há o costume de brincar de arranjar casamentos simulados, tanto entre adultos como entre crianças.

Depois de tanta palavra difícil só pedindo ajuda do baiano Adelmário Coelho, que chega com sua coleção completa de músicas juninas

Polônia - As tradições juninas da Polônia estão associadas principalmente às regiões da Pomerânia e da Casúbia onde a festa é comemorada em 23 de junho e chamada de 'Noc ?wi?toja?ska" (Noite de São João). Começa pela manhã e vai até a madrugada do dia seguinte e as pessoas se fantasiam com roupas tradicionais de Polka, as meninas jogam coroas de flores no Mar Báltico, em lagos e rios.

Portugal - Em Portugal as festividades são conhecidas como "Festas dos Santos Populares", e correspondem a diferentes feriados municipais. Nas cidades do Porto e Braga os festejos são intensos e parecidos com os do Nordeste brasileiro.

Há dança nas praças e em frente a altares montados e as  ruas são decoradas com balões e arcos de papel colorido, especialmente em bairros mais tradicionais, como Miragaia, Fontainhas, Ribeira e Massarelos .

É tradição bater com martelinhos de plástico na cabeça dos amigos, o que era feito no passado om alho-porro. Há ainda uma belíssima queima de fogos de artifício à meia-noite no rio Douro, e o lançamento aos céus de balões coloridos. 

A noite termina à beira do mar, para ver nascer o sol ou para um banho, como manda a tradição.

Reino Unido – Na Grã-Bretanha desde o século XIII  o solstício de verão é celebrado na véspera de São João, em 23 de junho e na véspera de São Pedro, 28 de junho. Há muita festa, as pessoas se reúnem em banquetes e são acesas fogueiras.

Na Cornualha as tradicionais fogueiras de verão ficam acesas vários dias e a celebração culmina com a Mazey Day, um renascimento da Festa de São João (Gol-Jowan) e que acontece com fogos de artifício e fogueiras.

Na Escócia os festivais de verão tomam conta de todo o país  e em Wales, ou País de Gales, chama-se a festa de G?yl Ifan, ou G?yl Ifan Ganol Haf (São João de Solstício de Verão), para distingui-lo de G Ifyl Ifan Ganol Gaeaf (São João do Solstício de Inverno, a festa de João Evangelista). 

Grandes feiras agrícolas costumavam ser realizadas nessa época e fogueiras são acesas. 

É tanta gente boa cantando forró que fica difícil escolher – É hora de Zelito Miranda!

Romênia - As celebrações do solstício de verão na Romênia são chamadas de Dr?gaica ou Sânziene  e são repletas de feiras, danças e superstições que envolvem casamento ou morte.

O Dr?gaica é celebrado por uma dança executada por um grupo de mulheres jovens e uma delas é escolhida, vestida de noiva e usa uma coroa de trigo, enquanto as outras meninas, vestidas de branco, usam um véu com flores de bedstraw. Ou seja: mais “pagão” impossível. Parece coisa de filme.

Rússia, Ucrânia e Bielorússia - A festa de Ivan Kupala (João Batista) é conhecida como a mais importante de todas as festas dos povos eslavos orientais de origem pagã, e vai de 23 de junho e seis de julho.

Muitos dos rituais das festas juninas eslavas estão relacionados com água, fogo e fertilidade e foram absorvidos pela Igreja Ortodoxa. As moças, por exemplo, colocam guirlandas de flores na água dos rios para ter sorte.

É bastante comum também a brincadeira de saltar por cima das fogueiras.

Sérvia – Assim como acontece aqui, na Sérvia fogueiras são acesas nas festas de meio de ano e muitos amigos se tornam padrinhos e irmãos de sangue nestes dias. 

As celebrações são conduzidas pela Igreja Ortodoxa Sérvia e São João (Sveti Jovan) é conhecido por Igritelj (dançarino) porque se pensa que o sol está dançando no dia dele. Entre as tradições, as meninas observam o nascer do sol através de sua coroa de flores, dançam e cantam. 

E agora chega a delicadeza de Geraldo Azevedo cantando tudo em ritmo de forró

Suécia - As festas juninas da Suécia (Midsommarafton) são as mais famosas do mundo. Esta é a festa nacional sueca, realizada entre 20 e 26 de junho, e o dia mais tradicional é sempre a sexta-feira.

São realizadas danças em círculo ao redor do majstången (mastro de maio), mastro colocado no centro da aldeia  onde são atiradas flores e folhas.

Há muita música, cânticos tradicionais, as pessoas se vestem como camponeses, tem muita comida nas mesas e até simpatias, quase sempre envolvendo amor e casamento.

Uma das mais famosas manda moças fazerem buquês de sete ou nove flores de espécies diferentes e os colocarem sob o travesseiro na esperança de sonhar com o futuro marido. Também durante a festa as casas são decoradas com arranjos de folhas e flores, para trazer boa sorte.

Ucrânia - Ivan Kupala Day é o dia do solstício de verão celebrado na Ucrânia . Antes do dia ter sido nomeado para São João, esta era uma celebração de um rito de fertilidade pagão envolvendo o banho na água. 

Como o nascimento de São João Batista é celebrado nessa época, alguns elementos das origens pagãs de Kupala eram vistos como sinônimos de significados cristãos, mais notavelmente o paralelo do batismo como purificação dos pecados, de modo que o feriado em uma forma cristã modificada tem sido aceito no calendário Cristão ortodoxo.

E vamos dançar e cantar com um cara que me enche de orgulho. Targino Gondim.

Não vou falar do Brasil não, nem da Bahia. Aqui a gente tem é de ir viver nosso São João na pele, então, mesmo se não quiser sair de casa, arraste os móveis, bote o som na caixa e saia dançando.

Comida boa na mesa, um licorzinho, razão para encontrar amigos e festejar a vida, como esse povo todo aí de cima faz.

As festas juninas são o solstício de felicidade do povo do Nordeste.