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Editora da 'Vogue' cria curso para se tornar um influenciador digital

A profissão influenciador ainda é algo informal

Os influenciadores se tornaram uma verdadeira força nos últimos anos, graças à internet. Criação de conteúdo, parceria com marcas e aparições em eventos são alguns dos serviços que estas pessoas, que possuem milhões de seguidores em suas redes sociais, costumam oferecer. Porém, a profissão influenciador ainda é algo informal e não existem passos certeiros para cativar os seus seguidores.

Pensando nisso, a Condé Nast italiana criou um curso para treinar pessoas a usarem mídias sociais, focado em qualidade de conteúdo e respeito por padrões éticos. 

Isso inclui deixar claro que posts são patrocinados e mostrar com transparência o número de seguidores e curtidas. As primeiras turmas serão especializadas no núcleo de beleza e de lifestyle, e o curso conta com parcerias como a L’Oreal Itália e com o suporte educacional da escola de negócios SDA Bocconi.

Assim que o curso finalizar, os profissionais recém formados irão receber um certificado e integrarão a rede de influenciadores digitais da Condé Nast, que já conta com 300 pessoas.

"Consumidores não veem mais as diferenças entre jornalistas e influenciadores", diz o chefe executivo da Condé Nast, Fedele Usai, em entrevista para o site WWD. "É uma divisão que nós sabemos internamente, mas o mundo já está marchando para outra direção".

As aulas acontecerão na sede da editora, no centro de Milão, e serão ministradas por 15 professores, com a ajuda de convidados internacionais especializados em comunicação digital. A primeira classe será formada por 20 estudantes femininas, escolhidas entre 2000 candidatas. As inscrições vieram em forma de vídeo e foram selecionadas por executivos da Condé Nast e da SDA Bocconi

Para participar das próximas turmas, é preciso ter pelo menos 19 anos, ter diploma do ensino médio e estar cursando uma faculdade, além de bom conhecimento de inglês.

Conhecimento no mercado da beleza também é essencial, mas popularidade em mídias sociais não são decisivas para entrar no programa. Duas turmas irão abrir em 2018, com 40 estudantes cada e, para o próximo ano, irão ter especializações em gastronomia e tecnologia também