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Como é possível evitar a borra nos veículos movidos a óleo diesel

A borra é uma camada gelatinosa derivada do biodiesel, formada por reações químicas

A formação de borra é um dos maiores problemas dos carros movidos a diesel e ela tem aumentado desde 2008, quando passou a ser obrigatória a adição de biodiesel ao combustível e a redução do teor de enxofre.

Os motoristas se queixam de dificuldades para limpar os tanques, do aumento dos custos com a manutenção dos carros e de falhas mesmo em veículos com pouca quilometragem.

A borra é uma camada gelatinosa derivada do biodiesel, formada por reações químicas. A bomba abastecedora suga a borra acumulada no fundo do tanque e a leva para o filtro e bombas injetoras, impedindo a passagem do diesel e levando à interrupção ou falhas no funcionamento do motor.

4 origens do problema

1 - A partir de 2010 o teor de enxofre passou a ser reduzido, caindo de 1.800 partes por milhão para apenas 10. Isso levou a um aumento de microrganismos que danificam os sistemas de combustível.

2 - Por outro lado, desde 2014 o governo brasileiro está aumentando a porcentagem de biodiesel presente no diesel. Isso eleva a retenção de água no tanque e também facilita o aumento dos microrganismos.

3 - Desvios de temperatura causados pelas variações climáticas geram condensação da água dissolvida no óleo e que se deposita no fundo dos tanques. As bactérias se desenvolvem na superfície dessa camada de água.

4 – O desempenho dos motores de alta pressão gera um retorno de combustível quente nos reservatórios, aumentando a condensação. A água resultando arrasta pedaços de metal do próprio tanque.

8 problemas provocados pela borra

-- Perda de potência do motor
-- Corrosão dos tanques de metal
-- Erosão nos tanques de plástico
-- Maior gasto com manutenção e troca de peças
-- Consumo excessivo do combustível
-- Falhas no funcionamento do motor
-- Oxidação das bombas e dos bicos injetores e seu desgaste precoce
-- Entupimento de filtros

Como resolver

A solução surgiu na França e já é utilizada na África, Ásia e América Latina (incluindo o Brasil, desde 2010), além da Europa.

A francesa Actioil vende no País o A550, em embalagens que vão de 500 ml a mil litros e que exige uma única aplicação a cada 6 meses.

Para cada 500 metros cúbicos de diesel tratados com o Actioil, cerca de 40,2 toneladas de dióxido de carbono deixam de ser emitidas na atmosfera, garante a empresa.

Um litro do produto para cada 200 de capacidade do tanque é suficiente para tratar e proteger o veículo por 6 meses, 250 horas de funcionamento ou 60 mil quilômetros rodados.

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Segundo os dirigentes da RDS Plus, distribuidores da Actioil no Norte e Nordeste, Silvio José Lins Perazzo e Decio Luis de Azevedo, a principal função do produto é a de eliminar os microrganismos presentes no diesel, impedindo que voltem a se formar, ao mesmo tempo dispersando a água no combustível, o que elimina o ambiente que favorece a proliferação dos micróbios.


Ordalino Carvalho, coordenador de treinamento da Actioil, Decio Azevedo e Silvio Perazzo, da RDS Plus

O A550 já é homologado pelas marcas Case, New Holland, Iveco, Volvo, JCB, Auxter, PESA Caterpillar, Motormac, Stara e Petrobras Distribuidora. "Além disso, estamos em negociação com outras montadoras, tanto no transporte rodoviário, quanto nos setores agrícola, marítimo, industrial, termoelétrico e de construção", disse o diretor geral da Actioil para o Brasil e América Latina, Gilles Grimberg. 

Na Europa, marcas como Volvo, Renault Trucks, Volvo Penta, New Holland, Case e algumas da indústria petrolífera (de produção e distribuição) utilizam o produto.

 "O A550 contém um componente que deixa uma camada protetora nas paredes dos tanques, evitando qualquer efeito catalizador de oxidação", explica Grimberg.