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Cláudia Mauro aprova Ellen Rocche como nova Capitu da "Escolinha"

A atriz relembra ao iG a convivência com Chico Anysio, ensina o segredo do casamento duradouro com Paulo César Grande e fala sobre o medo que as mulheres têm de barata, tema da peça com que está em cartaz em São Paulo

Foto: Reprodução / Globo

Cláudia Mauro está feliz em ver que uma das personagens mais marcantes de sua carreira, a dona Capitu da "Escolinha do Professor Raimundo", ganhará vida novamente. Desta vez, quem vai interpretá-la na nova versão do humorístico - que marcou época na década de 90 e estreia na próxima segunda-feira (23) no canal Viva - é Ellen Rocche.

Em um bate-papo com o iG a atriz, de 46 anos, aprova a escolha da intérprete para a personagem, relembra Chico Anysio, conta o segredo do casamento com Paulo César Grande - eles estão juntos há 25 anos - e se diverte ao comentar a relação das mulheres com baratas – tema da peça "Eu e Ela", que protagoniza até domingo (22), no Teatro MuBE Nova Cultura, em São Paulo.

"Sexy sem ser vulgar"

Com o papel, ela mexia com a imaginação dos homens ao apagar a lousa. "A Capitu tinha sensualidade, mas não era vulgar. Na época me convidaram para posar para a 'Playboy', não topei, queria mostrar meu lado atriz."

Cláudia diz porque acha a nova escolhida ideal para o papel. "A Ellen é um 'solzinho', passa luminosidade, simpatia e doçura, junta o mulherão com a ingenuidade que a personagem tinha. Falei para ela que a personagem está muito bem representada", comemora.

A atriz gostou da ideia de reviver a atração com novos atores. "O programa era um sucesso, tinha popularidade e era desprovido de preconceitos. Tive a sorte e o privilégio de fazer parte dessa turma. É uma preciosidade a 'Escolinha' hoje em dia."

Ao mestre com carinho

Cláudia recorda a importância de Chico Anysio - que morreu em 2012 - em sua carreira e na de vários humoristas que passaram pelas aulas do Professor. "O Chico me viu no teatro e convidou, era muito generoso, sabia do talento de muita gente e resgatou vários atores que ficavam sem trabalho. Ele levantava a bola, nos botava para brilhar e ficava muito feliz e orgulhoso. De tempos em tempos o mundo produz alguém assim acima da média", emociona-se.

A atriz acredita que atualmente há mais espaço para os humoristas mostrarem seu talento que na década de 1990. "Mudou muito a visão, há uma valorização dos comediantes: antes você só era chamado para programas de humor, hoje quem faz o 'Zorra' consegue ir para a dramaturgia e fazer novelas".

Politicamente correto

Ela não vê problemas na caracterização dos personagens da "Escolinha", como Seu Peru (Orlando Drummond/Marcos Caruso) e Dona Cacilda (Cláudia Jimenez/Fabiana Karla). "Nunca vi o humor de antigamente como deboche, ele era muito mais inocente que o de hoje. Aquele gay existe, a gorda, a loira burra, são todos reais, e não há mal nenhum em mostrá-los com humor. Era uma grande brincadeira, o pré-conceito vem de quem está vendo", defende.