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5 dicas que podem ajudar os pais a falar sobre dinheiro com crianças

Ricardo Figueiredo, consultor do Programa Vida Investe, da Funcesp, dá orientações para ensinar aos pequenos conceitos básicos de economia doméstica

Foto: Divulgação

A educação financeira infantil não faz parte do currículo oficial das escolas brasileiras. É em casa e, muitas vezes, na prática, que as crianças aprendem a lidar com o dinheiro.

Mas o que pais e familiares podem fazer para que os pequenos assimilem o necessário e consigam manter as finanças equilibradas quando adultos?

Ricardo Figueiredo, consultor do Vida Investe (programa de educação financeira e previdenciária da Funcesp), dá algumas dicas de atitudes que podem fazer a diferença na educação financeira infantil.   

Ricardo Figueiredo é economista com especialização em Mercados Financeiros e MBA em gestão Financeira e Atuarial. Integrou, de 2003 a 2015, o setor de Processamento e Controle de Investimentos da Funcesp. Hoje, atua na área de Investimentos imobiliários.

No Vida Investe, o profissional  é responsável por tirar as dúvidas dos participantes na área de finanças pessoais. Confira abaixo as recomendações do especialista:

1. Começar a falar sobre o assunto cedo

De acordo com Ricardo, é importante passar noções de gestão financeira para os pequenos desde cedo e não há idade certa para começar.

A dica é falar a respeito quando os pais notarem que já há maturidade suficiente para compreensão. “Se trabalharmos alguns conceitos, a criança se torna menos propensa a virar um adulto gastador”, complementa o consultor.

2. Dar mesada ou semanada

Destinar um valor mensal ou semanal às crianças é uma forma de proporcionar uma experiência prática de gestão financeira. “Os filhos se habituam a ter dinheiro, lidam com a responsabilidade de escolher o destino para o valor recebido e aprendem a administrar os gastos”, explica Ricardo.

3. Cobrar juros

Os pais podem ainda aproveitar algumas situações para introduzir o conceito de juros, como no caso da criança pedir para o pai adiantar a compra de um brinquedo, mediante o abatimento do valor total em parcelas da mesada ou semanada.

“Ao descontar um pouco a mais por mês ou semana, mostramos que temos diferentes escolhas e que cada uma tem um ônus e um bônus. A criança pode ter o que quer antes, mas, para adquirir o item sem o dinheiro necessário, deve pagar a mais por isso”, explica o especialista.

4. Ir ao mercado com as crianças

Segundo Ricardo, levar a criança para fazer compras é uma oportunidade de mostrar que o relacionamento com o dinheiro é algo natural.

“Também devemos aproveitar momentos como esses para falar a respeito do processo de escolha dos produtos e passar noções básicas sobre pesquisa de preço, por exemplo”.            

5. Incentivar a economia

Comprar um porquinho e estimular que a criança guarde parte da mesada ou semanada para, mais tarde, adquirir um bem maior, como um brinquedo ou jogo mais sofisticado, é uma forma de mostrar que poupar vale a pena.

“Você percebe que a criança dá um valor diferente para o que ela compra com as economias do porquinho, porque ali teve o esforço dela”, completa Ricardo.