A comédia A noite da virada, com direção de Fabio Mendonça, estreia nesta quinta-feira nos cinemas. No filme o casal Ana e Duda, interpretados por Júlia Rabello e Paulo Tiefenthaler, enfrentam uma crise no casamento e acertam com um grupo de conhecidos fazer a festa da virada do ano na sua casa. O evento será o cenário de desilusões amorosas, disputas femininas e até um crime inesperado envolvendo os personagens.
Na história, Ana (Júlia Rabello) adora o réveillon e acredita que a última noite do ano indica como serão os 365 dias seguintes. E, dessa vez, ela espera um fim de ano ainda mais especial, já que é a anfitriã da festa. Ana só não contava com uma revelação anunciada pelo seu marido Duda (Paulo Tiefenthaler) a poucos minutos da chegada dos convidados e outros acontecimentos que fogem do roteiro que havia traçado.
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O longa é baseado na peça “O Banheiro”, de Pedro Vicente. Além de Júlia e Paulo, estão no elenco Luana Piovani, Marcos Palmeira, João Vicente de Castro, Luana Martau, Taumaturgo Ferreira, Rodrigo Sant´anna e Martha Nowill. O filme conta ainda com participação especial de Alexandre Frota, Anselmo Vasconcellos e Tony Tornado, além dos blogueiros Moyale Guardini, Helô Gomes, Nati Vozza, Mauricio Cid, Cauê Moura, Marina Santa Helena e Kéfera Buchmann.
Segundo o diretor, apesar de o filme se passar numa festa, o espectador vê pouco da festa e muito dos bastidores dela. “Muitas vezes o que acontece no banheiro, na cozinha e no corredor, é mais interessante do que efetivamente o ambiente da festa. Porque é ali que as pessoas falam o que não podem falar, fazem coisas escondidas. Ali é onde a festa pega fogo. Na festa mesmo, as pessoas estão dançando, bebendo e falando de amenidades”, explica.
Fabio Mendonça disse ainda que gosta da idéia do ano novo, do momento de reflexão, da tradição. “Minha mãe tinha uma mania, quando eu era moleque, de usar certas cores no ano novo. Tinha que usar o branco, mas tinha que ter uma peça amarela e uma peça rosa não sei por quê. Projetei um pouco isso na dona da casa, a Ana, personagem da Júlia Rabello, que tem uma expectativa gigante. Para ela, se a festa for boa, ela vai ter um ano legal”, adianta.
Júlia Rabello enfatizou que o que acontece com a Ana é de um momento muito específico da vida dela. “Ela é uma mulher moderna, contemporânea, que está preparando a casa para receber os amigos para uma festa de ano novo, justamente a que ela mais gosta no ano. E, minutos antes de a festa começar, o marido fala que quer se separar dela. E depois ela descobre que ele a estava traindo. Então qualquer ser humano ficaria histérico. Ela fica completamente bipolar, do choro/tragédia à euforia completa. Talvez a Ana seja uma pessoa calma e tranquila, mas naquele momento específico ela sentiu o mundo virando de ponta-cabeça”, explica.
Para ela foi muito encantador compor a Ana. “Não é uma história isolada, eu conto com uma galera genial. É pular de um abismo, mas com um grande paraquedas nas costas. Tem o desafio de estar muito atenta para a história que estou contando, de uma maneira que ela interesse às pessoas, que elas queiram acompanhar o que acontece com a personagem”, disse, lembrando que, “às vezes como coadjuvante, a gente pode ficar mais solta para brincar e não se ater à linha condutora da história. Mas nesse filme era tanta gente boa em cena que isso não pesou”.