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Evite acidentes com fogo dentro de casa

Uso de benjamins e validade da mangueira do gás são itens que merecem atenção para aumentar a segurança

Foto: Divulgação
Incêndios domiciliares podem ser evitados com cuidados simples como não instalar tomadas atrás de fogões

Em casa, atitudes simples como não conectar vários equipamentos em uma única tomada pode evitar a formação de faíscas e chamas.

Fazer revisões elétricas e conferir a validade da mangueira do gás encanado são outras medidas que ajudam a deixar a casa mais segura.

Ficar atento com a manutenção do sistema elétrico é importante porque curtos-circuitos são causas frequentes de incêndios domiciliares. Nesse sentido, garantir a presença de bons conduítes nas instalações é fundamental.

O modelo de plástico não é certificada pelo Inmetro, porém, não apresenta riscos caso tenha espessura e largura suficientes para não quebrar ou amassar com facilidade quando colocado sob pressão.

“Além disso, modelos muito estreitos favorecem o aquecimento dos fios e aumentam o risco de fogo”, diz Hilton Moreno, engenheiro elétrico e consultor da Casa Segura.

O perigo de incêndio gerado por curto-circuito fica ainda maior quando existem fios desencapados, tomadas atrás de fogões e poucos disjuntores na residência.

“O ideal é ter um quadro de luz bem localizado e circuitos identificados conforme os pontos correspondentes (um disjuntor específico para o chuveiro, outro para a iluminação dos quartos etc)”, afirma Rafael Vizeu, engenheiro elétrico.

Tantas especificações reforçam a necessidade de um planejamento elétrico, o que chega a representar 20% do custo total da obra.

O encanamento a gás é mais um ponto que merece destaque na prevenção de incêndios. A segurança aumenta quando a tubulação (feita preferencialmente em cobre) é instalada nas paredes.

“Passar os canos no chão é ruim porque ao trocar o piso sempre haverá a possibilidade de perfuramento. Se não houver outra maneira, o indicado é tirar fotos da posição dos tubos”, diz Isa Rosete, professora de arquitetura do Centro Universitário Belas Artes de São Paulo.

A mangueira que conecta os tubos de gás aos equipamentos também deve ser motivo de atenção periódica . Ela deve ser certificada pelo Inmetro, ter prazo de validade definido e não ter qualquer tipo de ranhura.

“A conexão precisa estar dentro das normas técnicas e longe de ‘paredes’ de fornos e fogões”, afirma Sávio Souza Venâncio Vianna, professor de engenharia química da Unicamp. “No caso de botijões, a preocupação é semelhante e a transmissão deve ser interrompida assim que cheiro de gás for sentido.”

Cuidados ao decorar
Garantir que o fogo não se espalhe pelos ambientes da casa é uma tarefa que exige também cuidados na hora de decorar. O ideal é evitar produtos inflamáveis como pisos vinílicos, papéis de parede, forrações em tecido e texturas plásticas.

Cortinas pesadas e livros em estantes oferecem bastante material à queima, logo, contribuem para o aumento de um incêndio – assim como tintas e solventes estocados de forma inapropriada.

Quem gosta da estética de tetos rebaixados precisa redobrar os cuidados. O fogo gerado em casos de curtos na fiação escondida no forro terá sua intensidade ampliada se alcançar estruturas em madeira ou atingir materiais inflamáveis esquecidos no local.

A atenção deve ainda ser dirigida para o uso de reatores de lâmpadas no forro. O equipamento, quando defeituoso, pode atingir temperaturas superiores a 100º C e causar danos.

A receita contra acidentes envolvendo o fogo implica ainda cuidados com aquecedores. Os especialistas ressaltam a necessidade do envio dos gases emitidos pelo equipamento para fora da casa.

No caso de apartamentos, as principais medidas de segurança são: conferir a existência de um seguro contra incêndio e de itens como hidrantes, sensores de fumaça e escadas de emergência com iluminação apropriada e portas corta-fogo no condomínio.

“O hall dos andares deve possuir extintores na validade e de fácil acesso. Os moradores devem sempre conferir a carga dos equipamentos nos marcadores”, diz Vizeu.

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