A região Nordeste precisa investir R$ 25,8 bilhões em infraestrutura nos próximos oito anos para garantir o escoamento da produção.
Esse valor é necessário para tocar os 83 projetos de ampliação e modernização de rodovias, ferrovias, hidrovias e portos em
-- Alagoas
-- Bahia
-- Ceará
-- Maranhão
-- Paraíba
-- Pernambuco
-- Piauí
-- Rio Grande do Norte
-- Sergipe
O diagnóstico está no estudo Nordeste Competitivo, que a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou nesta terça-feira, 30 de outubro, em parceria com as federações das indústrias dos estados da região.
De acordo com o estudo, apenas um quarto dos 83 projetos considerados prioritários está em andamento.
Para aumentar a competitividade da região, é preciso investir R$ 12 bilhões nas ferrovias e R$ 11 bilhões nos portos da região, de acordo com o estudo da CNI.
Das ferrovias do Nordeste, dois trechos da EFC – um que liga São Luiz a Açailândia e outro que liga Açailândia a Marabá operam próximo do limite de capacidade. Mas a previsão é que cheguem a um estado crítico em 2020.
O trecho Açailândia–Marabá, por exemplo, tem capacidade para suportar o transporte de 311 mil toneladas por dia. Atualmente passam por ela 279 mil toneladas diariamente.A expectativa é que com o aumento da produção esse volume cresça para 877 mil toneladas por dia em 2020.
No caso dos portos, atualmente apenas o Complexo Portuário de São Luís e o Porto de Recife utilizam mais do que suas capacidades permitem. Em 2020, no entanto, seis portos vão operar acima da capacidade e outros dois estarão com potenciais gargalos. Os casos mais críticos devem ser os do Complexo Portuário de São Luís e do Porto de Natal.
Das rodovias que cruzam a região, três já apresentam gargalos atualmente. A utilização delas pelos carros e caminhões de carga ultrapassa em até 65% a capacidade de peso que suportam em um determinado período, o que reduz a velocidade dos veículos e gera congestionamentos.
Uma simulação do crescimento da produção até 2020 mostra que, se nenhum investimento for feito nos próximos oito anos, nove rodovias estarão sendo utilizadas acima do que suas capacidades permitem. Desses nove gargalos, dois estarão em estado crítico, ultrapassando em até 151% a capacidade permitida.
As indústrias da região produzem o equivalente a R$ 29,2 bilhões por ano, sendo que 81% desta produção estão concentrados no setor de bebidas, de papel e celulose, de açúcar, de álcool, de combustíveis, de biscoitos e bolachas, de autopeças, de farinha de trigo e de petroquímicos.
As principais cadeias agropecuárias do Nordeste são a de cana de açúcar, de bovinos, de fruticultura, de mandioca, de soja e de milho.
Juntos, os seis produtos respondem por 93% de toda a produção agropecuária. A produção extrativista mineral e florestal da região é muito concentrada em petróleo e gás natural, madeira, calcário, sal e potássio. Esses produtos respondem por 92% do que é extraído na região.