Municípios

Caldas do Jorro: Um paraíso de águas térmicas descoberto por um acaso

Da perfuração do que deveria ser um poço petrolífero, no final do ano de 1948, por determinação do Conselho Nacional de Petróleo, surgia um jorro de água quente, surpreendendo aos engenheiros que procediam a perfuração e logo após, aos técnicos que examinaram aquele água sulfurosa à incrível temperatura de 48º graus.

Nascia assim a famosa estância hídro-mineral de Caldas de Jorro, ou simplesmente Jorro, no município de Tucano, no sertão baiano, a 250 quilômetros de Salvador que até hoje permanece atraindo e encantando  pessoas de todas as partes do país  e de fora dele. O acesso rodoviário é feito pela BR-116/Norte ate Tucano e daí em diante pela BA- 410 até o Jorro.

A água quente, verdadeiro “geiser” emana de uma profundidade de quase 1.900 metros (para ser exato 1.861.41 metros) de uma reserva hídrica considerada por especialistas como inesgotável. 

As águas do Jorro resultam da combinação de dois lençóis freáticos que apresentam grande pressão. É apontada como a melhor fonte de água do Brasil e comparada com as melhores do mundo a exemplo da Vichy, existente na França com a vantagem do maior grau de temperatura uma vez que a francesa chega aos 36 graus, contra 48 graus das águas termais do Jorro.

Por força dessa atração natural durante todo o ano e principalmente no inverno, são muitos os visitantes que chegam para desfrutar dos banhos nas bicas e cascatas e beber a água em torneiras existentes de forma apropriada para o abastecimento de garrafas e outros vasilhames.

Para quem gosta de sauna nada melhor que se banhar nas águas do Jorro na Praça Ana Oliveira ao redor da qual há restaurantes, bares, comércio de artesanato e vendedores ambulantes com as suas novidades. Á água tem gosto alcalino incolor em pequena quantidade e em grande quantidade assume uma coloração esverdeada ou azulada, fruto da sua composição química.

Há estudos que indicam as qualidades especiais da água no tratamento de doenças alérgicas, dermatoses reumáticas, doenças gastro-intestinais, dispepsias, gastrites, colites, prisão de ventre, doenças do fígado e dos fins, manifestações úricas, acne-furuculose e eczemas parasitosas da pele. Recomenda-se beber lentamente e como o estômago vazio quatro copos por dia: pela manhã em jejum, às 11 horas, às 17 horas e à noite antes de dormir.

O banho pode durar até três horas depois das refeições, mas não é recomendado entre às 10 e às 15 horas  nos dias quentes,  devido à temperatura da água de 48º graus.

Caldas do Cipó e Riachão

Na vasta área do sertão baiano e não muito distante do Jorro está outro local aprazível: a estância hidromineral de Cipó, cujas águas medicinais a uma temperatura de 35º graus propiciam um banho extremamente agradável e salutar. Situada à margem direita do rio Itapicuru, a cidade está a 240 quilômetros de Salvador e já foi um grande pólo turístico baiano na época áurea dos cassinos.

Vale lembrar a presença do então presidente da República, Getúlio Dorneles Vargas, em 24 de julho de 1952 para inaugurar o portentoso Grande Hotel Caldas de Cipó, que levou oito anos para ser construído e até hoje é um símbolo da imponência de uma época.

Outro local aprazível no sertão baiano, do ponto de vista turístico, é o parque aquático de Riachão do Jacuipe, às margens do rio do mesmo nome.
Um conjunto de praia artificial, piscina, cachoeira e cascata, que se constitui em uma grande atração na região sisaleira.

Localizada a pouco mais de dois quilômetros da cidade de Riachão do Jacuípe a área tem oito quilômetros de águas represadas e duas bonitas ilhas. O Jacuípe é afluente do Paraguaçu cujas águas abastecem Feira de Santana, Salvador e outras cidades baianas.

O parque aquático além de um local de lazer tem como finalidade um trabalho educacional para que a população e os visitantes tenham noção de preservação do meio-ambiente.