Segurança

Violação de cadáver assusta população da pacata Acajutiba

A cena chocou moradores e levou familiares ao desespero. A cidade de Acajutiba, a 200 km de Salvador, com cerca de 13 mil habitantes, foi palco de uma ação cruel e do autor, a polícia não tem pistas. Parentes de Ivoneide Maria de Jesus, moradora da região, se depararam com o corpo da dona de casa, despido e fora do caixão, no cemitério municipal de Acajutiba, menos de 24 horas após seu sepultamento. O fato de estar despido e de bruços, levantou a suspeita de que o cadáver tenha sido alvo de violência sexual, o que configura necrofilia.

Segundo a polícia, o autor pode ser condenado a até três anos de prisão e responderá por violação de sepultura e vilipêndio de cadáver. A mulher faleceu na última segunda-feira, vítima de complicações cardiorrespiratórias, em uma unidade hospitalar de Alagoinhas. O enterro foi na tarde de terça-feira. De acordo com uma filha de dona Ivoneide, que mora em Curitiba, a cena vista foi chocante e ninguém tomou providências em cobrir o corpo da mãe, que ficou horas exposto no cemitério. Trabalhadores que passaram sobre uma carga de cocos, em um caminhão, avistaram na quarta-feira, por volta do meio-dia, no terreno do cemitério, um caixão aberto e um corpo. Em seguida, moradores da localidade foram avisados e lotaram a área. Familiares, ao ver a trágica situação do cadáver, passaram mal.

O cadáver foi novamente encaminhado para Alagoinhas, onde foi colhido material para atestar se houve prática de ato sexual e possível identificação do autor, por DNA. Outro enterro foi realizado no início da noite de anteontem.

Moradores da cidade afirmam que apenas o marido de dona Ivoneide prestou depoimento e temem por parentes, enterrados no cemitério. A um veículo de comunicação da região, o delegado Adeilton Pereira informou que funcionários do cemitério disseram em depoimento que fizeram uma inspeção de rotina na área antes de saírem para o almoço e tudo estava em ordem. “Nunca trabalhei num caso desse. Já vi outras barbáries, mas nunca como essa”, concluiu.