Bahia / Palco

Ancestralidade baiana é tema
de espetáculo de dança gratuito

O elenco é formado por jovens negros, periféricos e LGBTQIAP+

Foto: Ricardo Fontes - Divulgação
Jovens artistas negros e periféricos participam do espetáculo

Como desfecho das oficinas gratuitas de dança afro-brasileira realizadas em Salvador e Lauro de Freitas-BA, o espetáculo de encerramento do Projeto Circulação Tradições reúne jovens artistas negros e periféricos em uma celebração da ancestralidade e da cultura popular baiana.

A apresentação promove uma imersão sensorial onde dança, música e projeções audiovisuais se encontram para revelar o elo profundo entre África e Brasil.

Com 50 minutos de duração, o espetáculo utiliza projeções que retratam as belezas da Bahia e a força simbólica dos elementos da natureza, conduzidas por composições rítmicas que guiam a performance. No repertório, expressões como dança afro, capoeira, maculelê, puxada de rede, samba de roda e a representação dos orixás evocam a ancestralidade e a resistência que sustentam as tradições afro-baianas.

O elenco é formado por jovens negros, periféricos e LGBTQIAP+, participantes das oficinas realizadas entre agosto e outubro em Salvador e Lauro de Freitas. As formações, mediadas por Denys Silva, Rose Gentill e Alexsandro Palmeira, ofereceram 90 vagas gratuitas e promoveram o desenvolvimento corporal, a musicalidade e a consciência ancestral como ferramentas de valorização identitária e transformação social.

"Mais do que uma mostra artística, é o resultado de um processo formativo de empoderamento e pertencimento”, destaca Denys Silva, diretor artístico da Cia Tradições. Ele acrescenta: “Estamos muito felizes com a realização das oficinas. Foram meses intensos com depoimentos emocionantes sobre o impacto desse processo na vida dos participantes. Agora partimos para a segunda parte do projeto, as apresentações, com um elenco selecionado em audição. Estamos muito gratos por viver essa nova temporada na Bahia."

A Cia Tradições, fundada em 2009, é reconhecida por seu trabalho na valorização das tradições populares e na formação de jovens artistas oriundos de comunidades periféricas. A companhia segue fortalecendo o diálogo entre arte, educação e identidade, reafirmando a arte como território de resistência e memória.

O espetáculo tem classificação livre e é indicado para o público de 10 a 60 anos, com apresentações gratuitas nas seguintes datas e locais:

-- Teatro XVIII – Makota Valdina (Salvador) | 7 de novembro | 20h

-- Cine Teatro Lauro de Freitas | 12 de novembro | 20h

-- Teatro Alberto Martins (Camaçari) | 21 de novembro | 19h