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Guarda Civil tenta impedir a ação dos guardadores ilegais de carros

Motoristas que se sentirem coagidos por operadores, sejam credenciados ou não, devem procurar a polícia

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Desde o início de 2025, Salvador intensificou ações contra guardadores ilegais, com 47 operações, 146 coletes apreendidos e seis detenções. A cidade reforça o uso da Zona Azul, com mais de 15,5 mil vagas e opção digital. Denúncias podem ser feitas à polícia ou à Transalvador.

Desde o início do ano foram realizadas 47 operações, com aproximadamente 180 abordagens.

Os agentes apreenderam 146 coletes usados de forma irregular por esses indivíduos. As fiscalizações também resultaram em 365 autuações por estacionamento em desacordo com as normas.

Seis pessoas foram levadas à delegacia: quatro por mandados de prisão em aberto, uma por tráfico de drogas e outra por desacato.

Segundo o superintendente da Transalvador, Diego Brito, a operação visa garantir a segurança nas vias e combater práticas ilegais. “A prática de cobrança indevida pelo uso de áreas públicas é ilegal e não será tolerada”, afirmou. Ele destacou que a cidade está empenhada em promover um trânsito mais justo e organizado.

As ações de fiscalização estão concentradas em áreas com grande fluxo de veículos e importância turística, cultural e comercial, como o Dique do Tororó, Jardim dos Namorados, Rio Vermelho, Barra, Centro Histórico, Comércio, Teatro Módulo (Avenida Magalhães Neto), Campo Grande e Bonfim.

O inspetor-geral da GCM, Marcelo Silva, ressaltou que a presença de guardadores irregulares compromete a segurança pública. Para ele, além de atrapalhar a circulação de veículos e o acesso ao comércio, esses indivíduos podem estar associados a outras práticas ilícitas, como furtos e roubos.

Salvador adota o sistema de Zona Azul, que permite maior rotatividade nas vagas públicas por meio de tarifas acessíveis. A capital baiana conta atualmente com mais de 15,5 mil vagas regulamentadas.

Desde 2018, o serviço passou a contar com a versão digital, o Zona Azul Digital. Através dessa modalidade, o condutor pode adquirir créditos por meio de aplicativos autorizados ou diretamente com operadores credenciados. A lista dos apps autorizados está disponível no site da Transalvador (transalvador.salvador.ba.gov.br).

Os operadores credenciados pelo Sindicato dos Guardadores (Sindiguarda) devem utilizar uniforme azul com identificação visível. Ao vender o crédito, é obrigatório fornecer um tíquete contendo a placa do veículo, o valor pago e o tempo de estacionamento, conforme explicou Diego Brito.

Os preços variam entre R$ 3 para duas horas, R$ 6 para seis horas e R$ 9 para doze horas. Para quem utiliza o aplicativo, é possível renovar o tempo antes do término da validade. É importante observar a sinalização do local, pois áreas destinadas a curta duração (2h) não permitem estacionamento prolongado.

Motoristas que se sentirem coagidos por operadores, sejam credenciados ou não, devem procurar a polícia. No caso de conduta irregular de operadores autorizados, a recomendação é registrar a ocorrência na Ouvidoria da Transalvador, pelo número 156.