
Nas últimas 24 horas, o estado da Bahia registra chuvas fortes em pelo menos duas regiões distintas -- o oeste, onde um alerta meteorológico permanece ativo, e o leste, inclusive na capital Salvador, onde precipitações devem persistir ao longo da semana.
O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu aviso para mais de 280 municípios no oeste baiano, com riscos de alagamento, enquanto nas próximas horas a ilha e a faixa costeira devem enfrentar pancadas de chuva e ventos moderados.
No oeste da Bahia, a meteorologia aponta para volumes elevados de chuva e rajadas de vento que colocam boa parte da região em atenção.
O INMET manteve, recentemente, um alerta amarelo para chuvas intensas que atinge mais de 280 municípios, entre eles Formosa do Rio?Preto. Segundo o comunicado, as chuvas podem seguir até a manhã dessa quarta?feira (22).
No leste baiano, municípios como Camaçari, Feira?de?Santana, Catu e Terra?Nova aparecem entre os mais afetados, conforme registros de alerta que apontam previsão de precipitação de 30 a 60?mm/h e ventos fortes.
Na capital Salvador, os modelos indicam possível chuva fraca a moderada ao longo do dia. A previsão aponta para probabilidades elevadas de precipitação, com mínima de cerca de 22?°C e máxima de 32?°C. A média histórica de chuva para outubro na cidade é de 68?mm.
As condições meteorológicas sugerem risco elevado de ocorrências como alagamentos em zonas periféricas, queda de galhos ou árvores em locais vulneráveis, e deslizamentos em áreas de encosta mais frágil. No oeste, onde o solo já pode estar saturado dado histórico recente de chuvas, a combinação de precipitação e vento exige atenção por parte das prefeituras municipais e da Defesa Civil estadual.
Na região metropolitana de Salvador e recôncavo, as chuvas, ainda que moderadas, implicam em mobilidade comprometida — vias com acúmulo de água, possível interrupção de transporte público em algumas rotas e necessidade de atenção para quem transita a pé ou de bicicleta.
-- Chuva fraca: abaixo de 5 mm/h
-- Chuva moderada: entre 5 e 25 mm/h
-- Chuva forte: entre 25,1 e 50 mm/h
-- Chuva muito forte: acima de 50 mm/h
Previsão para os próximos dias
Em Salvador: espera?se que nessa quarta-feira (22) e quinta?feira (23) predominem chuva com até 90% de chance, especialmente durante a madrugada e manhã, com volumes previstos de cerca de 12?mm em algumas horas. Para sexta?feira (24) e sábado (25), a chuva tende a diminuir, porém ainda há risco de pancadas rápidas.
No interior do estado: o alerta permanece em vigor e a tendência é de que as instabilidades continuem ao menos até o meio da semana. Ainda que os modelos indiquem uma pequena trégua para o fim de semana, a situação é volátil e pode se alterar com novos sistemas meteorológicos.
Para a Bahia como um todo, os mapas de previsão mostram zonas mais afetadas na faixa leste e oeste -- o litoral e o cerrado --, enquanto áreas centrais podem ter dias mais secos, mas ainda sujeitas a pancadas isoladas.
Historicamente, a Bahia apresenta variações sazonais de chuva que vão de convectivas (pancadas rápidas) a mais previstas por frentes frias ou de camadas de instabilidades costeiras. A combinação de atmosfera úmida sobre o oceano, calor no interior e relevo variado provoca respostas meteorológicas rápidas. De acordo com boletim recente do INMET, “chuvas volumosas no litoral do Nordeste devem se estender até pelo menos terça?feira” em várias áreas da Bahia.
Recomendações e alertas
Diante do cenário, recomenda?se que:
-- A população que reside em locais com histórico de alagamentos ou deslizamentos mantenha atenção aos alertas da Defesa Civil e do órgão municipal de meteorologia.
-- Motoristas redobrem a atenção em trechos com acúmulo de água ou pouca visibilidade, e evitem estacionar veículos sob árvores ou em pontos de risco.
-- Nas áreas costeiras e de recôncavo, evitar banhos de mar durante tempestades ou ventos fortes, pois a agitação pode provocar correntes mais intensas.
A continuidade das chuvas dependerá da atuação de três fatores principais: a manutenção da umidade oceânica, a permanência de instabilidades atmosféricas próximas ao litoral e o efeito do aquecimento local no interior, que pode gerar nuvens convectivas rapidamente. Se algum desses fatores se intensificar -- por exemplo, com uma frente fria no litoral -- os volumes podem crescer além das previsões atuais. Por outro lado, se ocorrer o deslocamento de sistemas, as chuvas podem declinar mais cedo do que estimado.