
O Banco Central registrou a cotação do dólar comercial em R$ 5,62 às 16h desta sexta-feira (11 de julho), um aumento de 0,76% em relação ao fechamento de R$ 5,58 na véspera, reflexo direto da apreensão de investidores e consumidores com a desvalorização do real.
A notícia do “tarifaço” gerou reações imediatas em redes sociais como X e Instagram, onde comunidades econômicas, associações empresariais e influenciadores especializados debateram intensamente o impacto sobre preços de insumos e bens de consumo. Pequenos e médios importadores relatam elevação nos custos de aquisição, o que pode resultar em reajustes para o consumidor final ainda nesta semana.
A medida de Trump – que entrará em vigor em 1º de agosto de 2025 – aumentou o temor de uma desvalorização ainda maior do real, já que uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros pode reduzir receitas de exportação e pressiona o câmbio para cima.
Com a perspectiva de menor entrada de dólares via comércio exterior, o mercado passa a antecipar um patamar de câmbio mais elevado, levando pessoas e empresas a comprarem a moeda americana para proteger seu poder de compra.
Além disso, diante de um cenário de guerra comercial e incertezas políticas, o dólar volta a ser visto como “porto seguro”.
Investidores e famílias deslocam parte de suas reservas para dólar como proteção contra oscilações bruscas – prática conhecida como hedge cambial. Esse movimento de compra antecipada faz a demanda por dólares subir no mercado doméstico, reforçando a alta da cotação.
Por fim, operadores de câmbio e fundos de investimento, observando a possibilidade de escalada na disputa comercial, ajustam suas posições em dólar. Esse fluxo antecipado de recursos para fora do real fomenta um círculo de maior procura pela moeda americana, alimentando ainda mais a tendência de valorização do dólar frente ao real neste momento.
Especialistas consultados projetam que a volatilidade cambial pode se estender até o fim de julho, com o dólar oscilando entre R$ 5,60 e R$ 5,80, a depender de eventuais intervenções do Banco Central no mercado de câmbio.
Historicamente, o termo “dólar hoje” já atingiu picos de busca durante crises, como em 2015, mas a amplitude das pesquisas atuais supera aquele episódio, indicando maior acesso à internet móvel e preocupação ampliada pela interdependência do Brasil com mercados internacionais.
Dados do Google Trends apontam que, às 10h20 do dia 10, mais de 500 mil usuários pesquisavam simultaneamente a cotação, impulsionados pela cobertura de portais como UOL e G1, que destacaram o aumento abrupto na cotação.
Diante do cenário, economistas do setor financeiro recomendam cautela ao consumidor que planeja compras internacionais ou remessas de recursos, e indicam monitorar declarações oficiais do Ministério da Fazenda e do Banco Central.
Do ponto de vista diplomático, o Itamaraty já sinalizou diálogo com autoridades americanas para buscar a suspensão ou redução das tarifas, enquanto associações como a Abimaq avaliam alternativas para mitigar impactos, como diversificar fornecedores e renegociar contratos.
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Esta matéria foi redigida com a ajuda de Inteligência Artificial