O bloco de carnaval “Batuca-Bresser - o meu bloco de rua” promovido pelo Arsenal da Esperança na região do Bresser-Mooca, em São Paulo, vai às ruas no sábado (22 de fevereiro), às 15h30.
Todos os anos o bloco recebe crianças, famílias, amigos, moradores da região Bresser-Mooca e redondezas para a folia orquestrada por acolhidos da instituição e também pela bateria Fúria Vermelha do curso de Psicologia do Mackenzie.
Fazendo parte do calendário oficial dos blocos de carnaval da cidade de São Paulo, o tema da edição deste ano de 2025 é “Veja bem o bem que tem” e é o primeiro de muitos eventos em preparação aos 30 anos do Arsenal da Esperança (1996-2026), que será celebrado em 2026.
O tema desta edição quer fazer o contraponto à ideia da comunidade de querer apenas enxergar o mundo através das câmeras de segurança, com imagens em preto e branco, as quais oferecem uma perspectiva direcionada: de voltar os olhos para os culpados dos problemas. A partir disso, o propósito do evento é apontar essas câmeras de segurança, sobretudo as câmeras dos nossos olhares, para um bem que existe e que precisa ser alimentado.
“Para fazer isso o Batuca-Bresser junta as pessoas e essa é a sua grande força: juntar as pessoas para caminharem juntas, onde as crianças são animadas por pessoas da comunidade; as pessoas da comunidade, por sua vez, são animadas pela bateria, formada por acolhidos do Arsenal; a bateria, por sua vez, ensaia junto aos alunos da faculdade; e nesta dança não se distingue mais quem é quem, sendo assim uma caminhada feita em comunhão, o que na realidade seria o único caminho possível. Esse é um pouco o motivo da nossa festa”, comenta Simone Bernardi – responsável pelo Arsenal da Esperança.
O Arsenal da Esperança é uma “casa que acolhe”, fundada em São Paulo, em 1996, por Ernesto Olivero e a Fraternidade da Esperança do Sermig (a comunidade fundada por ele e por sua esposa, Maria Cerrato) a convite de Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida.
O Arsenal acolhe diariamente 1.200 homens vindos da situação de rua, oferecendo a eles um lugar limpo, onde descansar, tomar banho, se alimentar, frequentar cursos profissionalizantes e outras oportunidades para reconstruir a vida. Ao longo de 29 anos, já foram acolhidas mais de 76 mil pessoas.