O novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, e o presidente Lula
Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil
Comunicação (privada, corporativa ou pública) exige profundo conhecimento técnico e se aproxima da arte.
Quando se entrega a gestão a amadores e/ou se permite a interferência, no setor, de pessoas que se acham no direito de dar palpites apenas ancoradas no cargo que exercem ou na influência que possuem, acelera-se em direção ao desastre.
É o que se viu, ultimamente, na Secom-Secretaria de Comunicação da Presidência, a partir de hoje comandada pelo publicitário baiano Sidônio Palmeira.
Ele chega em meio a um incêndio que arde sobre a credibilidade do Planalto, provocado exatamente por uma condução desastrada na área.
Destaca-se, aqui, o terremoto provocado pela maneira errada de se informar à população a respeito da inclusão das fintechs (startups do setor financeiro), dos bancos digitais e das empresas de carteiras virtuais na prestação de informações à Receita Federal sobre as transações via Pix, tanto de empresas quanto de pessoas físicas.
Outros problemas a exigirem uma condução adequada de comunicação com o eleitor são a escalada dos preços e os números negativos da área de saúde.
Na opinião de Palmeira, o desafio principal no comando da comunicação do Governo Federal é poder fazer as informações chegarem até a maioria do público.
É mais que isso: o fundamental é fazer com que a comunicação chegue da maneira correta, sem subterfúgios, sem afirmações a seguir desmentidas pelos fatos, como se viu, por exemplo, no caso da taxação de importados de menor valor, caso conhecido como "as brusinhas [sic] da Shoppee".
É impossível fazer uma comunicação profissional decente sem profissionais de comunicação capacitados.
Sidônio Palmeira já mostrou sua competência na iniciativa privada; chegou a vez de buscar repetir o mesmo na esfera pública, onde as armadilhas e tapetes escorregadios se reproduzem como coelhos.