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Vírus da varíola dos macacos
mata 66 pessoas em um ano

Confira como se prevenir contra o vírus mpox

O vírus da varíola dos macacos (MPXV ou mpox) foi detectado em setembro de 2023 e já contaminou pessoas na República Democrática do Congo, Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda, Zâmbia e Zimbábue. 

Em 2024, o Brasil registrou 1.578 casos confirmados de mpox, além de 60 casos prováveis e 434 suspeitos. 

Os principais sintomas da mpox são febre, lesões cutâneas (erupções na pele), ínguas (inchaço de linfonodos), dor de cabeça, decaimento e calafrio.

O período de incubação (intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o adoecimento) varia de três a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. 

Após a manifestação de sintomas, como erupções na pele, e passado o período em que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a outras pessoas.

As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas, às vezes, podem aparecer antes da febre.

Dados indicam que a transmissão ocorre por contato humano direto, incluindo atos sexuais, e está evoluindo para uma disseminação maior em ambientes domiciliares.

O vírus afeta principalmente homens que têm relações sexuais com homens. Casos em mulheres e crianças, embora menos frequentes, não demonstram transmissão sustentada.

Entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025 foram registrados 14.700 casos confirmados de mpox e 66 mortes em 20 países africanos. Doze países africanos permanecem com surtos ativos, enquanto outros, como Camarões e Gana, entraram em fase de controle.

Países com vigilância limitada, como Tanzânia e Togo, podem estar enfrentando surtos não reportados, aumentando o risco de disseminação internacional.

Europa e Ásia

Alemanha e Bélgica relataram transmissão secundária após a chegada de viajantes da África.

Na China, um viajante da RDC gerou um cluster de cinco casos.

A França registrou seu primeiro caso em janeiro de 2025, sem histórico de viagem, mas com contato com viajantes da África Central.

América do Norte e Sul da Ásia

Estados Unidos, Canadá, Índia e Paquistão relataram casos isolados ligados a viagens.

Apesar de não ter registrado casos, os Emirados Árabes Unidos são considerados um possível ponto de transmissão não detectada.

Prevenção

A principal forma de proteção contra a mpox é a prevenção. Aconselha-se a evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. E no caso da necessidade de contato (por exemplo: cuidadores, profissionais da saúde, familiares próximos e parceiros, etc.) utilizar luvas, máscaras, avental e óculos de proteção. 

Pessoas com suspeita ou confirmação da doença devem cumprir isolamento imediato, não compartilhar objetos e material de uso pessoal, tais como toalhas, roupas, lençóis, escovas de dente, talheres, até o término do período de transmissão.

Lave regularmente as mãos com água e sabão ou utilize álcool em gel, principalmente após o contato com a pessoa infectada, suas roupas, lençóis, toalhas e outros itens ou superfícies que possam ter entrado em contato com as erupções e lesões da pele ou secreções respiratórias (por exemplo, utensílios, pratos). 

Lave as roupas de cama, roupas, toalhas, lençóis, talheres e objetos pessoais da pessoa com água morna e detergente.

Limpe e desinfete todas as superfícies contaminadas e descartar os resíduos contaminados (por exemplo, curativos) de forma adequada.

Vacinação

Até dezembro de 2024, 87.158 pessoas foram vacinadas. Mais de 4,83 milhões de doses são esperadas em 2025, incluindo contribuições do Japão, União Europeia e Estados Unidos.

Ensaios clínicos para o antiviral Tecovirimat mostraram eficácia limitada em casos leves a moderados.

A maioria dos pacientes se recupera em um mês, mas entre 1% a 10% dos casos podem ter complicações que levam a morte.