Os trabalhadores da Petrobras estão aprovando indicativos de estado greve e de paralisações nacionais, aumentando a pressão sobre os gestores da empresa, acusados por eles de dificultar o atendimento das pautas estruturais da categoria.

Indicativos de greve já foram aprovados na Bahia, Espírito Santo, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Piauí e Paraná e Santa Catarina. Assembleias prosseguem nos outros estados, orientadas pela Federação Única dos Petroleiros (FUP).

A Federação destaca, como reivindicações, o fim dos descontos da AMS-Assistência Multidisciplinar de Saúde - que consera "abusivos", com descontos de até 100% do salário  - e o retorno imediato dos trabalhadores da Fafen PR.

A FUP ressalta que existem outras reivindicações emergenciais pendentes, caso da melhoria da qualidade da alimentação nas unidades offshore e das condições de habitabilidade das plataformas; o fim dos afretamentos de embarcações (plataformas, sondas e navios petroleiros), priorizando a indústria naval brasileira; a anistia dos trabalhadores demitidos em governos passados.

Para a FUP, também são necessários avanços nas obras de expansão da refinaria  Abreu e Lima (Rnest/ PE), Gaslub, (RJ), reabertura das fábricas de fertilizantes, como a Fafen do Paraná, e conclusão da fábrica de Mato Grosso do Sul. 

“A Petrobras tem potencial de ser pioneira mundial no desenvolvimento de tecnologia  verde, gerando empregos no Brasil. Mas há gente na gestão da empresa que não quer que a Petrobras invista em transição energética, que não concorda com o projeto do governo. Essas pessoas não deveriam estar na administração da empresa”, critica a Federação, em nota enviada à Imprensa.