A Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu ex-ajudante de ordens Mauro Cid no caso da suposta falsificação de cartões de vacinação contra a Covid-19 em dezembro de 2022.
Bolsonaro, Cid, que fechou acordo de delação premiada com a PF, e o deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ) são acusados de associação criminosa e inserção de dados falsos no sistema do Ministério da Saúde.
O ex-ajudante de ordens também pode responder por uso indevido de documento falso, segundo o portal G1. As investigações da PF serão enviadas para o Ministério Público Federal (MPF), que deve decidir se há elementos suficientes para apresentar uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Bolsonaro é suspeito de ter mandado adulterar seu cartão de vacinação contra a Covid-19 e o de sua filha Laura no fim de 2022 para que ambos pudessem entrar nos Estados Unidos, que, na época, exigiam comprovante de imunização contra a doença.
O ex-presidente já afirmou publicamente que nunca se vacinou contra a Covid e sempre criticou a imunização como forma de combater a pandemia.
Em publicação no X (antigo Twitter), Fabio Wajngarten, advogado de Bolsonaro, lamentou que a PF tenha usado "a imprensa para comunicar ato formal que, logicamente, deveria ter revestimento técnico e procedimental, ao invés de midiático e parcial", porém não comentou o teor das acusações.