O Sport se posicionou, na noite desta sexta-feira (23 de fevereiro), sobre a decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva de impedir a presença de torcedores rubro-negros. A medida vale para todas as competições organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em todas as categorias – da base ao profissional.

A punição vem depois de violência cometida por integrantes de uma organizada do clube contra o ônibus em que se encontrava a delegação do Fortaleza, na madrugada da quinta-feira (22), logo após o empate entre as duas equipes, em 1×1, na Arena de Pernambuco.

Os torcedores atiraram pedras e bombas contra o ônibus. Seis jogadores ficaram feridos e precisaram ser encaminhados a um hospital: Titi, Brítez, João Ricardo, Sasha, Dudu e Escobar.

O presidente do Sporte, Yuri Romão, considerou "arbitrária" a decisão do STJD-Superior Tribunal de Justiça Desportiva, e afirmou que o clube cumpriu com todas as obrigações impostas pelos órgãos de segurança público.

"Todas as obrigações impostas pelo regimento geral da competição,  ou até mesmo pela Secretaria de Defesa Social, foram cumpridas à risca. A prova disso é que não tivemos acidentes nem dentro de campo nem fora dele. O incidente aconteceu a sete quilômetros do estádio. Colocamos 340 seguranças privado.  Tudo que estava ao nosso alcance foi feito. Portanto, a decisão  não é razoável", disse. 

"Ou pior, nos puniram por causa do CEP. Em outros casos recentes, de dois, três anos. tivemos um caso do Internacional, no qual um atleta foi atingido por pedras. Tivemos o caso do Grêmio, que ao chegar no Beira-Rio, também teve o ônibus apedrejado. Outro caso semelhante foi no Bahia, do qual Danilo Fernandes foi atingido por uma bomba. Esses clubes foram absolvidos”, adicionou.

Vai recorrer

Yuri também destacou que o clube vai recorrer da decisão. No entanto, destacou que o clube vai utilizar meios legais para tentar reverter a situação, que vale na Copa do Brasil, Copa do Nordeste e na Série B do Campeonato Brasileiro.

“Nós não vamos baixar a cabeça. Porque só o Sport tem que ser punido? Portanto, vamos buscar os meios legais para reverter esta decisão. Não podemos ser penalizados por algo que não é da nossa competência. Este não é um problema do Sport, é um problema de segurança pública. Porém, eu peço ao auditores do STJD que revejam o caso”, adiantou.