Saúde

Fevereiro Roxo: como reconhecer os sintomas de 3 doenças crônicas

A campanha alerta para a incidência de Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer

Foto: Arquivo pessoal
A médica reumatologista Juliana Bahia Cardozo fala sobre as 3 doenças crônicas

Criada em 2014, em Minas Gerais, a campanha Fevereiro Roxo tem, como objetivo, conscientizar a população sobre a prevenção, diagnóstico e combate de algumas doenças crônicas, tais como o Lúpus, a Fibromialgia e o Alzheimer. 

Todas possuem tratamentos capazes de permitir que o paciente conviva bem com as enfermidades.

Apesar das três doenças serem incuráveis, é possível que, a partir de um diagnóstico precoce, realizado por um médico especialista, se encontrem maneiras de se controlar e retardar os sintomas. Para isso, é necessário compreender cada especificidade da doença e o modo como ela age.

Para entender melhor essas condições, a médica reumatologista Juliana Bahia Cardozo, da clínica Novaclin, em Salvador, explica como reconhecer os primeiros sintomas e diferenciar cada uma.

"Fibromialgia é uma síndrome caracterizada por dor crônica generalizada, hiper sensibilidade ao toque e fadiga extrema", explica Dra. Juliana. "Nela, os pacientes frequentemente apresentam pontos sensíveis ao toque em várias partes do corpo, juntamente com distúrbios do sono e dificuldades cognitivas, como problemas de memória e concentração. Pode haver também distúrbios do humor como ansiedade e depressão."

Em contraste, o Lúpus é uma doença autoimune, em que as células do sistema imunológico de um indivíduo saem do controle e passam a atacar suas próprias células saudáveis, podendo gerar inflamação em diferentes partes do corpo, como articulações, pele, rins, coração, cérebro e outros órgãos. "Os sintomas variam amplamente, mas podem incluir dor nas articulações, erupções cutâneas, ulcerações orais, queda de cabelo, febre, fadiga, alterações renais e até problemas neurológicos ", observa.

Tanto a Fibromialgia, quanto o Lúpus, são enfermidades de diagnóstico e acompanhamento reumatológico. Já o Alzheimer, é um transtorno neurodegenerativo progressivo, que se manifesta por deterioração das funções cognitivas e da memória, comprometimento das atividades cotidianas, uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.

"Os sintomas iniciais do Alzheimer podem incluir esquecimento de informações recentes, dificuldade em realizar tarefas familiares, confusão sobre tempo e lugar, e alterações de humor e personalidade", esclarece. A especialidade de melhor acompanhamento para esta patologia é a Neurologia.

Diante da complexidade das enfermidades, a conscientização e o entendimento público são fundamentais. "Essas doenças crônicas podem ser gerenciadas com uma combinação de medicação, terapia física e mudanças no estilo de vida. Por isso, compreender as diferenças entre Fibromialgia, Lúpus e Alzheimer é importante para garantir o suporte adequado aos pacientes, sendo crucial um acompanhamento médico regular com o especialista, para controlar os sintomas e prevenir complicações, promovendo uma melhor qualidade de vida para aqueles que vivem com essas condições", conclui a médica.

Lúpus

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune (o próprio organismo ataca órgãos e tecidos).

São reconhecidos dois tipos principais de lúpus: o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele (geralmente avermelhadas ou eritematosas e daí o nome lúpus eritematoso), principalmente nas áreas que ficam expostas à luz solar (rosto, orelhas, colo (“V” do decote) e nos braços) e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos.

Sintomas:

-- lesões de pele: as lesões mais características são lesões avermelhadas em maçãs do rosto e dorso do nariz;

-- dor e inchaço, principalmente nas articulações das mãos;

-- inflamação de pleura ou pericárdio (membranas que recobrem o pulmão e coração);

-- inflamação no rim;

-- alterações no sangue podem ocorrer em mais da metade dos casos: diminuição de glóbulos vermelhos (anemia), glóbulos brancos

(leucopenia), dos linfócitos (linfopenia) ou de plaquetas (plaquetopenia);

-- menos freqüentemente observam-se inflamações no cérebro, causando convulsões, alterações do comportamento (psicose) ou do nível de consciência e até queixas sugestivas de comprometimento de nervos periféricos;

--  inflamações de pequenos vasos (vasculites) podem causar lesões avermelhadas e dolorosas em palma de mãos, planta de pés, no céu da boca ou em membros;

-- queixas de febre sem ter infecção, emagrecimento e fraqueza são comuns quando a doença está ativa;

-- manifestações nos olhos, aumento do fígado, baço e gânglios também podem ocorrer em fase ativa da doença.

Diagnóstico - O diagnóstico deve ser feito pelo conjunto de alterações clínicas e laboratoriais, e não pela presença de apenas um exame ou uma manifestação clínica isoladamente.

Tratamento - O tratamento do LES depende da manifestação apresentada por cada um dos pacientes, portanto, deve ser individualizado. Seu objetivo é permitir o controle da atividade da doença, a minimização dos efeitos colaterais dos medicamentos e uma boa qualidade de vida aos seus portadores.

Prevenção - Evitar fatores que podem levar ao desencadeamento da atividade do lúpus, como o sol e outras formas de radiação ultravioleta; tratar as infecções; evitar o uso de estrógenos e de outras drogas; evitar a gravidez em fase ativa da doença e evitar o estresse são algumas condutas que os pacientes devem observar, na medida do possível. O reumatologista é o especialista mais indicado para fazer o tratamento e o acompanhamento de pacientes com LES e quando necessário, outros especialistas devem fazer o seguimento em conjunto.

Fibromialgia

A síndrome da fibromialgia (FM) é uma síndrome clínica que se manifesta com dor no corpo todo, principalmente na musculatura. Junto com a dor, a fibromialgia cursa com sintomas de fadiga (cansaço), sono não reparador (a pessoa acorda cansada) e outros sintomas como alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais.

Uma característica da pessoa com FM é a grande sensibilidade ao toque e à compressão da musculatura pelo examinador ou por outras pessoas.

A fibromialgia é um problema bastante comum, visto em pelo menos em 5% dos pacientes que vão a um consultório de Clínica Médica e em 10 a 15% dos pacientes que vão a um consultório de Reumatologia.

De cada 10 pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres. Não se sabe a razão porque isto acontece. Não parece haver uma relação com hormônios, pois a fibromialgia afeta as mulheres tanto antes quanto depois da menopausa. Talvez os critérios utilizados hoje no diagnóstico da FM tendam a incluir mais mulheres. 

A idade de aparecimento da fibromialgia é geralmente entre os 30 e 60 anos. Porém, existem casos em pessoas mais velhas e também em crianças e adolescentes.

O diagnóstico da fibromialgia é clínico, isto é, não se necessitam de exames para comprovar que ela está presente. Se o médico fizer uma boa entrevista clínica, pode fazer o diagnóstico de fibromialgia na primeira consulta e descartar outros problemas.

Na reumatologia, são comumente usados critérios diagnósticos para se definir se o paciente tem uma doença reumática ou outra. Isto é importante especialmente quando se faz uma pesquisa, para se garantir que todos os pacientes apresentem o mesmo diagnóstico. Muitas vezes, entretanto, estes critérios são utilizados também na prática médica.

Os critérios de diagnóstico da fibromialgia são:
a) dor por mais de três meses em todo o corpo e

b) presença de pontos dolorosos na musculatura (11 pontos, de 18 que estão pré-estabelecidos).

Deve-se salientar que muitas vezes, mesmo que os pacientes não apresentem todos os pontos, o diagnóstico de FM é feito e o tratamento iniciado.

Estes critérios são alvo de inúmeras críticas – como dissemos anteriormente, quanto mais pontos se exigem, mais mulheres e menos homens recebem o diagnóstico. Além disso, esses critérios não avaliam sintomas importantes na FM, como a alteração do sono e fadiga.

Provavelmente o médico pedirá alguns exames de sangue, não para comprovar a fibromialgia, mas para afastar outros problemas que possam simular esta síndrome. 

Sintomas

O sintoma mais importante da fibromialgia é a dor difusa pelo corpo. Habitualmente, o paciente tem dificuldade de definir quando começou a dor, se ela começou de maneira localizada que depois se generalizou ou que já começou no corpo todo. O paciente sente mais dor no final do dia, mas pode haver também pela manhã. A dor é sentida “nos ossos” ou “na carne” ou ao redor das articulações.

Existe uma maior sensibilidade ao toque, sendo que muitos pacientes não toleram ser “agarrados” ou mesmo abraçados. Não há inchaço das articulações na FM, pois não há inflamação nas articulações. A sensação de inchaço pode aparecer pela contração da musculatura em resposta à dor.

A alteração do sono na fibromialgia é frequente, afetando quase 95% dos pacientes. No início da década de 80, descobriu-se que pacientes com fibromialgia apresentam um defeito típico no sono – uma dificuldade de manter um sono profundo. O sono tende a ser superficial e/ou interrompido.

Com o sono profundo interrompido, a qualidade de sono cai muito e a pessoa acorda cansada, mesmo que tenha dormido por um longo tempo – “acordo mais cansada do que eu deitei” e “parece que um caminhão passou sobre mim” são frases frequentemente usadas. Esta má qualidade do sono aumenta a fadiga, a contração muscular e a dor.

Outros problemas no sono afetam os pacientes com fibromialgia. Alguns referem um desconforto grande nas pernas ao deitar na cama, com necessidade de esticá-las, mexê-las ou sair andando para aliviar este desconforto. Este problema é chamado Síndrome das Pernas Inquietas e possui tratamento específico. Outros apresentam a Síndrome da Apneia do Sono, e param de respirar durante a noite. Isto também causa uma queda na qualidade do sono e sonolência excessiva durante o dia.

A fadiga (cansaço) é outro sintoma comum na FM, e parece ir além ao causado somente pelo sono não reparador. Os pacientes apresentam baixa tolerância ao exercício, o que é um grande problema, já que a atividade física é um dos grandes tratamentos da FM.

A depressão está presente em 50% dos pacientes com fibromialgia. Isto quer dizer duas coisas: 1) a depressão é comum nestes pacientes e 2) nem todo paciente com fibromialgia tem depressão. Por muito tempo pensou-se que a fibromialgia era uma “depressão mascarada”. Hoje, sabemos que a dor da fibromialgia é real, e não se deve pensar que o paciente está “somatizando”, isto é, manifestando um problema psicológico através da dor.

Por outro lado, não se pode deixar a depressão de lado ao avaliar um paciente com fibromialgia. A depressão, por si só, piora o sono, aumenta a fadiga, diminui a disposição para o exercício e aumenta a sensibilidade do corpo. Ela deve ser detectada e devidamente tratada se estiver presente.

Pacientes com FM queixam-se muito de alterações de memória e de atenção, e isso se deve mais ao fato da dor ser crônica do que a alguma lesão cerebral grave. Para o corpo, a dor é sempre um sintoma importante e o cérebro dedica energia lidando com esta dor e outras tarefas, como memória e atenção, ficam prejudicadas.

Como veremos a seguir, imagina-se que a principal causa dor difusa em pacientes com FM seja uma maior sensibilidade do paciente à dor, por uma ativação do sistema nervoso central. Não é de espantar, portanto, que outros estímulos também sejam amplificados e causem desconforto aos pacientes. A síndrome do intestino irritável, por exemplo, acontece em quase 60% dos pacientes com FM e caracteriza-se por dor abdominal e alteração do ritmo intestinal para mais ou para menos. Além disso, pacientes apresentam a bexiga mais sensível, sensações de amortecimentos em mãos e pés, dores de cabeça frequentes e maior sensibilidade a estímulos ambientais, como cheiros e barulhos fortes.

O que causa a Fibromialgia?

Não existe ainda uma causa única conhecida para a fibromialgia, mas já temos algumas pistas porque as pessoas têm esta síndrome. Os estudos mais recentes mostram que os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade maior à dor do que pessoas sem fibromialgia.

Na verdade, seria como se o cérebro das pessoas com fibromialgia estivesse com um “termostato” ou um “botão de volume” desregulado, que ativasse todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. Desta maneira, nervos, medula e cérebro fazem que qualquer estímulo doloroso seja aumentado de intensidade.

A fibromialgia pode aparecer depois de eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. O mais comum é que o quadro comece com uma dor localizada crônica, que progride para envolver todo o corpo. O motivo pelo qual algumas pessoas desenvolvem fibromialgia e outras não ainda é desconhecido.

O que não mais se discute é se a dor do paciente é real ou não. Hoje, com técnicas de pesquisa que permitem ver o cérebro em funcionamento em tempo real, descobriu-se que pacientes com FM realmente estão sentindo a dor que referem. Mas é uma dor diferente, onde não há lesão na periferia do corpo, e mesmo assim a pessoa sente dor.

Toda dor é um alarme de incêndio no corpo – ela indica onde devemos ir para apagar o incêndio. Na fibromialgia é diferente – não há fogo nenhum, esse alarme dispara sem necessidade e precisa ser novamente “regulado”.

Esse melhor entendimento da FM indica que muitos sintomas como a alteração do sono e do humor, que eram considerados causadores da dor, na verdade são decorrentes da dor crônica e da ativação de um sistema de stress crônico. Entretanto, mesmo sem serem causadores, estes problemas aumentam a dor dos pacientes com FM, e devem também ser levados em consideração na hora do tratamento.

Alzheimer 

A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais.

A doença instala-se quando o processamento de certas proteínas do sistema nervoso central começa a dar errado. Surgem, então, fragmentos de proteínas mal cortadas, tóxicas, dentro dos neurônios e nos espaços que existem entre eles.

Como consequência dessa toxicidade, ocorre perda progressiva de neurônios em certas regiões do cérebro, como o hipocampo, que controla a memória, e o córtex cerebral, essencial para a linguagem e o raciocínio, memória, reconhecimento de estímulos sensoriais e pensamento abstrato.

A causa ainda é desconhecida, mas acredita-se que seja geneticamente determinada. A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa em pessoas de idade, sendo responsável por mais da metade dos casos de demência nessa população.

No Brasil, centros de referência do Sistema Único de Saúde (SUS) oferecem tratamento multidisciplinar integral e gratuito para pacientes com Alzheimer, além de medicamentos que ajudam a retardar a evolução dos sintomas.

Os cuidados dedicados às pessoas com Alzheimer, porém, devem ocorrer em tempo integral. Cuidadores, enfermeiras, outros profissionais e familiares, mesmo fora do ambiente dos centros de referência, hospitais e clínicas, podem encarregar-se de detalhes relativos à alimentação, ambiente e outros aspectos que podem elevar a qualidade de vida dos pacientes.

Nos casos mais graves do Alzheimer, a perda da capacidade das tarefas cotidianas também aparece, resultando em completa dependência da pessoa. A doença pode vir ainda acompanhada de depressão, ansiedade e apatia.

A Doença de Alzheimer costuma evoluir para vários estágios de forma lenta e inexorável, ou seja, não há o que possa ser feito para barrar o avanço da doença. A partir do diagnóstico, a sobrevida média das pessoas acometidas por Alzheimer oscila entre 8 e 10 anos. 

O quadro clínico costuma ser dividido em quatro estágios:

Estágio 1 (forma inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais;

Estágio 2 (forma moderada): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia;

Estágio 3 (forma grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva;

Estágio 4 (terminal): restrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

Sintomas

O primeiro sintoma, e o mais característico, do Mal de Alzheimer é a perda de memória recente. Com a progressão da doença, vão aparecendo sintomas mais graves como, a perda de memória remota (ou seja, dos fatos mais antigos), bem como irritabilidade, falhas na linguagem, prejuízo na capacidade de se orientar no espaço e no tempo.

Entre os principais sinais e sintomas do Alzheimer estão:

-- Falta de memória para acontecimentos recentes

-- Repetição da mesma pergunta várias vezes

-- Dificuldade para acompanhar conversações ou pensamentos complexos

-- Incapacidade de elaborar estratégias para resolver problemas

-- Dificuldade para dirigir automóvel e encontrar caminhos conhecidos

-- Dificuldade para encontrar palavras que exprimam ideias ou sentimentos pessoais

-- Irritabilidade, suspeição injustificada, agressividade, passividade, interpretações erradas de estímulos visuais ou auditivos, tendência ao isolamento

Fatores de risco

Quanto maior for a estimulação cerebral da pessoa, maior será o número de conexões criadas entre as células nervosas, chamadas neurônios. Esses novos caminhos criados ampliam a possibilidade de contornar as lesões cerebrais, sendo necessária uma maior perda de neurônios para que os sintomas de demência comecem a aparecer. Por isso, uma maneira de retardar o processo da doença é a estimulação cognitiva constante e diversificada ao longo da vida.

Alguns fatores de risco para o Alzheimer são:

A idade e a história familiar: a demência é mais provável se a pessoa tem algum familiar que já sofreu do problema;

Baixo nível de escolaridade: pessoas com maior nível de escolaridade geralmente executam atividades intelectuais mais complexas, que oferecem uma maior quantidade de estímulos cerebrais.

Prevenção

A Doença de Alzheimer ainda não possui uma forma de prevenção específica, no entanto os médicos acreditam que manter a cabeça ativa e uma boa vida social, regada a bons hábitos e estilos, pode retardar ou até mesmo inibir a manifestação da doença. Com isso, as principais formas de prevenir, não apenas o Alzheimer, mas outras doenças crônicas como diabetes, câncer e hipertensão, por exemplo, são:

-- Estudar, ler, pensar, manter a mente sempre ativa
-- Fazer exercícios de aritmética
-- Jogos inteligentes
-- Atividades em grupo
-- Não fumar
-- Não consumir bebida alcoólica
-- Ter alimentação saudável e regrada
-- Fazer prática de atividades físicas regulares

Diagnóstico

O diagnóstico da Doença de Alzheimer é por exclusão. O rastreamento inicial deve incluir avaliação de depressão e exames de laboratório com ênfase especial na função da tireoide e nos níveis de vitamina B12 no sangue. 

Qual médico pode diagnosticar e tratar o Mal de Alzheimer? O Alzheimer pode ser tratada pelo psiquiatra geriatra ou  por um neurologista especializado no tratamento da Doença de Alzheimer.

Como saber se uma pessoa está com Alzheimer? O diagnóstico do Alzheimer no paciente que apresenta problemas de memória é baseado na identificação das modificações cognitivas específicas. Exames físicos e neurológicos cuidadosos acompanhados de avaliação do estado mental para identificar os déficits de memória, de linguagem, além de visoespaciais, que é a percepção de espaço. 

Tratamento

O tratamento do Alzheimer é medicamentoso e os pacientes têm à disposição a oferta de medicamentos capazes de minimizar os distúrbios da doença, que devem ser prescritos pela equipe médica.

O objetivo do tratamento medicamentoso é, também, propiciar a estabilização do comprometimento cognitivo, do comportamento e da realização das atividades da vida diária (ou modificar as manifestações da doença), com um mínimo de efeitos adversos.

Por isso, no âmbito do Ministério da Saúde, está disponível nas unidades de saúde de todo o país, o medicamento Rivastigmina adesivo transdérmico para o tratamento de demência para Doença de Alzheimer. Este preconiza o uso de medicamentos como:

-- Donepezila
-- Galantamina
-- Rivastigmina
-- Memantina

A rivastigmina já era oferecida por via oral, porém tinha o inconveniente de causar alguns desconfortos gastrointestinais no paciente, como náusea, vômito e diarreia. Para tentar diminuir esses efeitos indesejáveis, foi incorporada essa nova apresentação, que será indicada pelo médico que acompanha o paciente. Além disso, os pacientes com Alzheimer, podem tomar mais medicamentos ou menos que a quantidade prescrita, devido ao esquecimento.

Para ter acesso aos medicamentos elencados acima, os pacientes devem atender aos critérios de elegibilidade do PCDT e apresentar os seguintes documentos em um estabelecimento de saúde designado pelo gestor estadual:

-- Cópia do Cartão Nacional de Saúde (CNS)

-- Cópia de documento de identidade, cabendo ao responsável pelo recebimento da solicitação atestar a autenticidade de acordo com o documento original de identificação

-- Laudo para Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (LME), adequadamente preenchido

-- Prescrição médica devidamente preenchida

-- Documentos exigidos nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas publicados na versão final pelo Ministério da Saúde, conforme a doença e o medicamento solicitado

-- Cópia do comprovante de residência