Os atendimentos se deram em 15 módulos de saúde espalhados pelos circuitos oficiais do Carnaval de Salvador, onde seis equipes, compostas por mais de 50 profissionais, entre cirurgiões-dentistas, residentes e estudantes do curso de odontologia trataram de ferimentos na face, contusão, fratura de nariz e mandíbula.
O cirurgião e coordenador das equipes bucomaxilofaciais, Antônio Lucindo, reforçou que os módulos estão habilitados para realizar procedimentos que precisam de anestesia local. Para casos de maior complexidade, a equipe encaminha os foliões para unidades de referência.
“Todos os procedimentos, do ponto de vista de traumatismos faciais, sob anestesia local, como suturas, reconstrução de lábio e da região do supercílio e estabilização de fraturas de mandíbula, são realizados por nossa equipe. Quando precisa de uma abordagem mais complexa, prestamos os primeiros socorros e encaminhamos para o hospital de referência”, contou.
Antônio Lucindo também alertou sobre a importância da busca por atendimento imediato, a fim de evitar possíveis comprometimentos, e relatou como a equipe atua junto aos pacientes.
“Os foliões que forem vítimas de traumas devem procurar o atendimento especializado imediatamente para evitar qualquer tipo de comprometimento, deformidades e possíveis danos estéticos e funcionais. Além disso, orientamos e acolhemos o paciente para evitar que desenvolvam sequelas no futuro”, finalizou.
Armas brancas
As equipes de fiscalização da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), através da Diretoria de Serviços Públicos, retirou dos circuitos do Carnaval 2.240 itens perfurocortantes que ofereciam risco aos foliões. Entre os materiais, as equipes apreenderam 2 mil espetos e 20 facas, facões e marretas.
O total de utensílios irregulares apreendidos nos cinco dias de festa nos circuitos Dodô, Osmar e Batatinha, por sua vez, foi de 9.672, tais como carrinhos, pranchas, bebidas diversas, mesas e engradados.
Além dos materiais perfurocortantes contundentes, a exemplo de espetinhos de churrasco pontiagudos, facas, facões e machados, também foram apreendidos muitos botijões de gás localizados dentro das áreas de passagem dos trios e do público em massa, algo que não é permitido. Também houve apreensão de fogões, fogareiros e churrasqueira no perímetro da folia.
Segundo o diretor de Serviços Públicos da Semop, Alysson Carvalho, "esses materiais podem ficar apenas nas ruas adjacentes. Todos esses vendedores de alimentos, que precisam utilizar o botijão, por exemplo, nós licenciamos para as ruas adjacentes e não para o circuito, pois o risco de acidente é muito grande", explicou.
Os equipamentos apreendidos são encaminhados para o Setor de Guarda de Bens da Apreendidos (Segub), na Avenida San Martin (ao lado do Colégio Estadual Luiz Eduardo) e estão disponíveis para a retirada a partir de segunda-feira (19), mediante pagamento de multa, diante da notificação recebida e da apreensão executada.
A multa varia de acordo com o tipo e quantidade do material apreendido. O valor é estabelecido pela Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) por meio de publicação no Diário Oficial do Município.
Ao todo, 4,1 mil ambulantes atuam no Carnaval de Salvador, sendo 3,4 mil vendendo bebidas em isopor. Para garantir o ordenamento e segurança dos foliões e também dos ambulantes, 560 profissionais da Semop se dividem no ordenamento, fiscalização e orientação.