Bahia / Saúde

Mais de 1800 pessoas aguardam na Bahia por um transplante de rins

Em Salvador, são seis centros habilitados para a realização de transplantes renais

No Brasil, existem 153.831 pacientes com doença renal crônica realizando diálise, conforme aponta dados do Censo Brasileiro de Diálise (CDB), pesquisa nacional da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), divulgada em 2023.

Ainda de acordo com o relatório, hipertensão e diabetes foram as principais causas primárias de doença renal crônica. 

Na Bahia existem 1.843 pessoas inscritas na lista de espera por um transplante de rim.

200 transplantes

O Hospital São Rafael Rede D’Or, referência na Bahia para transplantes de órgãos e tecidos, atingiu o marco de 200 transplantes renais, realizados de janeiro de 2019 a janeiro de 2024.

O procedimento de número duzentos foi feito em um homem de 66 anos, natural de Candeias, distante há pouco mais de 49km da capital.

O paciente tratava da doença renal crônica ocasionada por hipertensão e diabetes, tendo iniciado a hemodiálise (processo através do qual uma máquina filtra e limpa o sangue, fazendo parte do trabalho que o rim doente não consegue fazer) em 2022.

"O paciente segue internado para acompanhamento da sua recuperação, já consegue urinar e passa bem. O órgão doado veio de paciente falecido, cujo rim direito foi implantado do lado esquerdo do abdômen deste paciente receptor. A alta médica deve ocorrer em até uma semana”, explica o médico Frederico Mascarenhas, chefe do serviço de Urologia do São Rafael, um dos poucos centros médicos habilitados e autorizados para o procedimento no Estado.

A médica Ana Paula Baptista, coordenadora do serviço de transplante renal do H. São Rafael, ressalta que o transplante renal é o melhor tratamento para doença renal crônica. “Muda a vida do paciente, lhe oferece novas perspectivas a partir do momento em que ele deixa de depender da hemodiálise. Para termos êxito em um procedimento altamente complexo como são os transplantes, o trabalho é feito de forma integrada, com urologistas, anestesistas, enfermeiros, psicólogos, além do serviço social e interconsultores da infectologia, cardiologia, cirurgia vascular, UTI, e outros setores indispensáveis para promover o melhor resultado ao paciente”, disse a nefrologista.

Além do São Rafael, os hospitais Cárdio Pulmonar e Aliança também participam do programa de transplante renal da Rede D’Or, que na Bahia tem interfaces com a Secretaria Estadual de Saúde e a Central de Notificação, Captação, Distribuição de Órgãos e Tecidos, que realizam um trabalho contínuo para oferta e alocação de órgãos.

Em Salvador, são seis centros habilitados para a realização de transplantes renais, mais três em Feira de Santana, um em Vitória da Conquista e outro em Itabuna. Além do destaque em transplante renal, o Hospital São