Carnaval / Nordeste

Um carnaval sem rei

O Rei Momo é um personagem da mitologia grega que se tornou símbolo do Carnaval

A coroa continua à espera do rei

O Carnaval de Aracaju aboliu as simpáticas figuras do Rei Momo e da Rainha do Carnaval. Portanto, a folia deste ano, agendada para o período de 10 a 13 de fevereiro, será, mais uma vez, sem o Monarca da Alegria e sua dileta companheira real.

O Rei Momo mais famoso pelas bandas da capital de Sergipe foi Altamiro Carvalho, que morreu em 2014, aos 79 anos de idade. Músico e sargento da Polícia Militar, o fidalgo se anunciava como o “Primeiro e Único”.

Após a morte de Altamiro, a Prefeitura ainda “elegeu” alguns monarcas, porém, de alguns anos pra cá, deixou de escolher um animado casal para reinar durante a folia.

O jornalista Luciano Correia, presidente Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), explica porque o Rei Momo e a Rainha perderam as coroas. “Essa tradição, infelizmente, vem se perdendo – ou já se perdeu de vez em nossa cidade. Na verdade, não seria difícil para a Funcaju fazer tais eleições, mas, do ponto de vista prático, não temos mais um roteiro de carnaval na cidade. Ou seja, se o poder público não faz um carnaval público, não faz sentido eleger rei e rainha de momo”, afirma Correia.

O presidente da Fundacju prossegue dizendo que quando se refire a um roteiro ou agenda de carnaval, “certamente não se trata só do papel do poder público, mas da sociedade de forma geral e do setor artístico em particular com suas instituições (blocos, eventos de bairros, bandinhas etc). Em São Paulo, esse segmento (sociedade + grupos artísticos e eventos) vai realizar no carnaval paulistano 600 blocos de rua. Nenhum deles organizados ou patrocinados pelo ente público”, concluiu.

Rei Momo - Segundo a Wikipédia, o Rei Momo é um personagem da mitologia grega que se tornou um símbolo do Carnaval. É ele quem comanda a folia.

Possui uma personalidade zombeteira, delirante e sarcástica.

Filho do sono e da noite, e acabou expulso do Olimpo – morada dos deuses – porque tinha como diversão ridicularizar as outras divindades.

No Brasil criou-se a figura da Rainha do Carnaval para que o simpático monarca não andasse por aí sozinho.