Brasil / Segurança

Aluna é morta a tiro e 2 outras são feridas em escola de São Paulo

É o segundo ataque em 7 meses

Foto: Google Maps
A entrada da Escola Estadual Sapopemba

Uma aluna morreu e 2 ficaram feridas por volta das 7h30 desta segunda-feira (23 de outubro), atingidas por tiros disparados por um colega de 15 anos, na Escola Estadual Sapopemba, situada na à Rua Senador Lino Coelho, Zona Leste da capital paulista.

O atirador foi detido pela Polícia.

É o segundo ataque em 7 meses. No dia 27 de março uma professora de 71 anos morreu e quatro pessoas ficaram feridas a faca por um aluno do oitavo ano da Escola Estadual Thomazia Montoro, na Zona Oeste de São Paulo. O agressor, de 13 anos, foi desarmado e levado para uma unidade da Fundação Casa.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), publicou nas redes sociais que acionou o Laboratório de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça para auxiliar o governo de São Paulo nas investigações. “Solidariedade às vítimas, suas famílias e à comunidade da escola estadual de São Paulo, alvo de ataque com arma de fogo. Laboratório de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça foi acionado para auxiliar a Polícia de São Paulo a aprofundar as investigações”, escreveu no X, antigo Twitter.

O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), lamentou a morte da estudante e prestou solidariedade aos familiares e amigos das vítimas. “Torço pela pronta recuperação dos feridos socorridos ao hospital do bairro. A Polícia já prendeu o atirador. Estou em contato com o Estado para oferecer o suporte necessário”, declarou.

O  governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, disse que foram evitados, desde abril, 165 ataques a escolas no estado. “Em algumas situações, a gente chegou a recorrer ao judiciário para ter operação de busca e apreensão e aprendermos armamento”, disse, após visitar a escola em Sapobemba, zona leste paulistana, onde um ataque deixou uma estudante morta e três feridos nesta segunda-feira.

O governador se disse “consternado” com o novo ataque. Segundo Tarcísio, desde março, quando uma professora foi morta por um estudante na zona oeste paulistana, foram tomadas diversas medidas para evitar a repetição dos atentados.

Ao longo deste ano, o governo contratou 550 psicólogos para atuar nas 5,3 mil escolas do estado. Segundo Tarcísio, deve ser feito um aditivo a esse contrato para aumentar o número de profissionais disponíveis.

Além disso, o governador quer facilitar os meios para que os professores e trabalhadores possam pedir ajuda em caso de problemas, como o botão do pânico. “A gente já tem um botão que foi criado com a Secretaria de Segurança Pública. A gente vai é tentar criar a mesma facilidade no aplicativo da educação para ver se a gente conecta os dois dispositivos”. Ressaltou.

Após este novo atentado, o governador diz que pretende rever as ações tomadas até o momento. “Rever tudo que a gente está fazendo para que a gente evite novas ocorrências. A gente não pode deixar que esse tipo de coisa aconteça, a escola tem que ser um local seguro, tem que ser um local de convivência. A gente tem que ter a habilidade de desenvolver nos alunos capacidade para enfrentar situações do dia a dia. A gente tem que combater o bullying. A gente tem que combater homofobia”, ressaltou.

O governador também informou que o revólver usado no ataque era do pai do aluno que efetuou os disparos e foi registrado em 1994.