A exposição “Vidas em Cordel” promete um mergulho na valorização de histórias de vida, a partir de uma das mais significativas expressões culturais do Nordeste: os cordéis.
A iniciativa do Museu da Pessoa, um dos primeiros museus digitais do mundo e dedicado à difusão de histórias de vida, está em cartaz no Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia (Mafro).
“Vidas em Cordel” ficará em cartaz até o dia 9 de dezembro, com horário de visitação das 9h às 17h, sempre de segunda a sexta-feira. A entrada custa R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), e o pagamento só pode ser feito em espécie. A gratuidade é garantida para crianças de até 5 anos (acompanhadas dos pais ou responsáveis) e para estudantes e professores da Rede Pública e Comunidade da UFBA.
A expografia física de “Vidas em Cordel” é composta por trechos das histórias cordelizadas, distribuídos em grandes painéis ilustrados com xilogravuras, minibios das figuras que são retratadas nos cordéis e textos sobre a cultura do cordel. Além disso, o público encontrará QR codes interativos, um espaço instagramável para registrar sua passagem pela exposição e marcar o @museudapessoa e um carrinho com distribuição gratuita dos cordéis impressos.
Os visitantes vão conhecer mais sobre a história de personagens como Dona Dalva Damiana, referência do samba de roda do Recôncavo Baiano; a escritora e poetisa mineira Tula Pilar (1970-2019); Ailton Krenak, ativista ambiental, filósofo e o primeiro escritor indígena imortal da Academia Brasileira de Letras; e Tião Rocha, educador e folclorista brasileiro.
“Vidas em Cordel” é uma homenagem à arte de ouvir e contar histórias. A iniciativa é uma forma de valorizar o legado da cultura popular brasileira através das suas narrativas individuais, como uma herança a ser transmitida e sempre reapropriada.
A arte da xilogravura também desempenha um papel essencial na exposição. Cada gravura foi cuidadosamente esculpida pela curadora Lucélia Borges, ao lado de Artur Soares, artista convidado para compor a equipe de construção visual dos cordéis. As criações dão vida aos personagens, cenários e acontecimentos que povoam as histórias selecionadas. Embora não seja a única técnica utilizada para ilustrar as capas dos cordéis, a xilogravura é a mais característica.
Além da versão física, “Vidas em Cordel” possui conteúdos exclusivos online que podem ser acessados no endereço https://memo.museudapessoa.org/vidas-em-cordel. Na exposição digital, também estão reunidas informações complementares e uma experiência diferenciada em relação à itinerante.
Na lista de conteúdos online exclusivos, está o livreto “Vidas em Cordel para Educadores”. O material educativo é gratuito, voltado para auxiliar professores a conhecer e refletir sobre as histórias de vida de brasileiros e brasileiras através da literatura de cordel, colaborando com a preparação dos alunos para a visita à exposição ou para o uso em atividades educativas.
Além disso, no site, é possível conferir os posts no Instagram de quem visitou a exposição física, cordéis animados, a agenda completa da itinerância, conteúdos sobre a cultura do cordel e ainda uma playlist com músicas selecionadas pelos curadores para embalar a visita da exposição digital.
Outro produto digital é o podcast com narração de Marcelino Freire e Klévisson Viana. A temporada apresenta, a cada episódio, uma história de vida cordelizada.
Anote
“Vidas em Cordel” | Museu da Pessoa
Data: 19 de outubro a 9 de dezembro
Horário: Segunda a sexta-feira, das 9h às 17h (exceto feriados)
Local: Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia (Terreiro de Jesus, s/nº - Pelourinho)
Entrada: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)