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Câncer de mama é um dos tumores mais comuns em cadelas e gatas

Veterinária dá dicas de prevenção em pets

Foto: Pranidchakan Boonrom | Pexels/Creative Commons
Na maioria dos casos, o tratamento do câncer de mama é feito com a mastectomia

Segundo a médica-veterinária e conteudista do aplicativo VetGuide, Simone Freitas, o câncer de mama é o tumor mais comum em cadelas e o terceiro mais recorrente em gatas. Nessas espécies, a faixa etária mais acometida é entre 6 e 11 anos.

“Estima-se que cerca de 50% dos tumores de mama em cadelas são malignos, enquanto que em gatas essa incidência é aumentada para 80%, havendo a possibilidade de espalhar, se não tratado e controlado, para outros órgãos, como fígado, pulmões e ossos”, detalha a veterinária, que é pós-graduada em Cirurgia de Pequenos Animais de Tecidos Moles e doutora em Imunologia pela UFBA.

Segundo a especialista em pets, existem diversas causas que podem desencadear o câncer de mama, como fatores genéticos, hormonais, relacionados à idade e até mesmo questões externas. “Má alimentação, obesidade, animais idosos, pets que receberam anticoncepcionais e animais que não foram castrados são mais vulneráveis a desenvolverem tumores”, explica Simone Freitas.

Sobre os sintomas, a médica-veterinária conta que podem variar de acordo com o tipo e o estágio do tumor. “Dentre os sinais mais comuns estão a presença de nódulo nas mamas ou na região das axilas, além de dor, inchaço e secreção com odor desagradável”, alerta a veterinária.

Tratamento e prevenção

Na maioria dos casos, o tratamento do câncer de mama é feito com a mastectomia – que é a retirada parcial ou total das mamas do pet. Dependendo do grau de malignidade, a cirurgia pode ser associada a medicamentos quimioterápicos. Vale lembrar que, na grande maioria das vezes, para o sucesso do tratamento é fundamental o diagnóstico precoce. Por isso, prevenção e conhecimento são palavras de ordem neste contexto.

A primeira dica preventiva é levar o pet ao veterinário para realizada o check-up médico, independentemente da raça e do sexo do animal. A segunda sugestão é a castração entre o primeiro e o segundo cio, importante para evitar a exposição hormonal desnecessária e o surgimento de tumores.

Para Simone Freitas, o “toque amigo” é outra dica fundamental, que consiste no tutor palpar mamas e axilas do pet para checar caroços ou qualquer tipo de anomalia na região. Além disso, a orientação é jamais utilizar injeções anticoncepcionais. Por fim, manter o peso adequado do pet, inserindo uma alimentação saudável, é imprescindível, afinal, a obesidade também é outro fator de risco para a doença.