A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga a hipótese de que os três médicos tenham sido mortos por engano. Investigações preliminares mostraram que os assassinos podem ter confundido uma das vítimas com um desafeto do grupo.
Os suspeitos dos assassinatos dos médicos – ocorridos nessa quinta-feira (5 de outubro) - seriam integrantes de um grupo criminoso que controla negócios ilícitos em comunidades da zona oeste do Rio.
A polícia acredita que o engano e a grande repercussão da notícia desagradaram lideranças do Comando Vermelho, facção à qual o grupo criminoso - suspeito de matar os médicos - estaria vinculado. As lideranças da facção teriam ordenado a morte dos assassinos dos médicos.
A hipótese foi levantada depois que a Polícia Civil encontrou, na madrugada desta sexta-feira (6), os corpos de quatro pessoas em dois carros. Dois dos mortos foram identificados como suspeitos de envolvimento com os assassinatos dos médicos. Outros dois ainda não foram identificados.
Dois deles foram identificados: Philip Motta Pereira, o Lesk e Ryan Nunes de Almeida, o Ryan. Segundo a polícia, Bruno Pinto Matias, o Preto Fosco, e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues, o BMW, também suspeitos de participação na chacina, não estão entre os mortos.
O alvo seria Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa - apontado como um dos principais chefes de uma milícia que atua na Zona Oeste e que mora perto do quiosque onde os médicos foram atacados.

Câmeras de segurança mostram que um Fiat Pulse branco parou na faixa de pedestre em frente ao quiosque pouco antes de 1h de quinta-feira. Três homens com roupas escuras desceram do veículo já empunhando pistolas calibre 9 milímetros, foram até os médicos e atiraram pelo menos 33 vezes.
No ataque morreram Diego Ralf Bomfim, 35 anos, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP); Marcos de Andrade Corsato, 62 anos e Perseu Ribeiro Almeida, 33 anos. O médico Daniel Sonnewend Proença, de 32 anos, sobreviveu ao ataque e está hospitalizado.