Dados do Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian revelaram que o Nordeste do país registrou 141.399 ocorrências em julho. Na região, o destaque ficou com a Bahia, que foi protegida de 37.839 investidas de criminosos.
O Brasil sofreu 785.289 tentativas de fraude, um crescimento de 3,4% em comparação com o mês anterior. O setor de “Bancos e Cartões” tornou-se o preferencial dos criminosos, pois 5 em cada 10 tentativas foram direcionadas ao segmento (51,5%), resultando em uma ocorrência a cada 6,6 segundos.
O segundo lugar no ranking de segmentos preferidos dos criminosos para aplicação dos golpes foi o de “Serviços” (27,8%), seguido por “Financeiras” (15,8%), “Varejo” (3,6%) e “Telefonia” (1,4%).
“Além de se tratar de um dos meios de pagamento mais utilizados pelos brasileiros, o uso do cartão em compras via e-commerces e marketplaces também facilita a atuação de criminosos por não necessitar de senha – modalidade conhecida como ‘cartão não-presente’. O consumidor precisa ficar atento às dicas para se prevenir de golpes e é também papel das empresas investirem em soluções que validem, por meio de cruzamento de informações, se quem está usando o cartão é de fato quem se diz ser”, aponta o diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha.
Os brasileiros com idades entre 36 e 50 anos foram os alvos mais frequentes dos fraudadores em julho, com 35,8% das investidas malsucedidas.
Em julho cresceu o número de ocorrências em todos os Estados, exceto Rio Grande do Sul (-0,8%). A maior variação foi do Distrito Federal, (8%) que pulou de 18.120 registros para 19.065.
Foram registradas 3.631 tentativas de fraude a cada um milhão de habitantes no Brasil. O Distrito Federal (DF) é a UF que concentra a maior parte de ocorrências neste recorte (6.019), seguida por Santa Catarina (5.119) e Mato Grosso (4.931).
Como se proteger
Consumidores
-- Garanta que seu documento, celular e cartões estejam seguros e com senhas fortes para acesso aos aplicativos;
-- Desconfie de ofertas de produtos e serviços, como viagens, com preços muito abaixo do mercado. Nesses momentos, é comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas conhecidas para tentar invadir o seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar coletar informações e dados de cartão de crédito, senhas e informações pessoais do comprador;
-- Atenção com links e arquivos compartilhados em grupos de mensagens de redes sociais. Eles podem ser maliciosos e direcionar para páginas não seguras, que contaminam os dispositivos com vírus para funcionarem sem que o usuário perceba;
-- Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências;
-- Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo;
-- Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado;
-- Inclua suas informações pessoais e dados de cartão somente se tiver certeza de que se trata de um ambiente seguro;
-- Monitore o seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de qualquer fraude do Pix.
Empresas
-- Com a aceleração da adoção de canais digitais na vida dos consumidores, as empresas estão cada vez mais investindo em novos métodos de soluções antifraude e tecnologias sofisticadas ao longo da jornada do cliente, para que a segurança da operação não afete sua experiência integrada.
-- Conte com plataformas de pagamento online. A empresa que deseja atuar de forma online, prestando serviços ou vendendo produtos, precisa ter a máxima atenção com os pagamentos. É preciso adotar uma sistemática que alie rapidez no processamento das transações à segurança;
-- Faça a análise de compras mais caras. Outra prática que pode reduzir bastante o risco de fraude online é a análise das compras. Sempre que a empresa se deparar com um pedido de alto valor, por exemplo, é necessário dedicar uma atenção especial, verificando de forma mais detalhada o cliente e os dados informados. Uma forma de garantir a segurança desse tipo de transação é realizando um contato prévio por e-mail ou telefone para confirmar dados ou a própria compra. Embora esse tipo de avaliação possa tornar o processo de venda mais longo, ele é essencial para resguardar o seu negócio contra fraudes;
-- Verifique cadastros. Contar com uma base de dados do cliente é essencial para reforçar a segurança de operações online. Nesse quesito, ter acesso a um cadastro atualizado dos consumidores, no qual é possível checar a veracidade das informações fornecidas no momento de uma compra, por exemplo, é outra estratégia para reduzir os riscos na hora de vender. A confirmação cadastral pode facilmente identificar tentativas de fraudes, sinalizando situações suspeitas, como divergências de dados do cliente com as que constam de outras bases de dados confiáveis;
-- Consulte o perfil do seu cliente. Quando a empresa é capaz de avaliar o histórico do consumidor no mercado, status do seu CPF ou CNPJ, os seus hábitos e a existência de pendências em seu nome, por exemplo, fica muito mais fácil e seguro avaliar os riscos de uma operação.