O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, foi de 0,25% em julho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ele acelerou e voltou a registrar crescimento, após ter tido deflação (-0,23%) em junho.
O IPCA da RMS foi maior do que o registrado no Brasil como um todo (0,12%) e o 8º mais elevado entre os 16 locais investigados separadamente pelo IBGE. Destes, 3 apresentaram deflação no mês. Os maiores índices foram registrados nas RMs Porto Alegre/RS (0,53%) e Recife/PE (0,40%) e em Brasília/DF (0,34%). Tiveram deflação a RM Belo Horizonte/MG (-0,16%), o município de Campo Grande/MS (-0,12%) e a RM São Paulo/SP (-0,02%).
Com esse resultado, a inflação acumulada no ano de 2023, na RM Salvador, está em 3,26%, acima da nacional (2,99%) e a 4ª maior entre os locais pesquisados. Nos 12 meses encerrados em julho, o IPCA acumula alta de 4,05% na RMS e é o 6º mais alto do país, também maior que o registrado no Brasil como um todo (3,99%).
A inflação registrada em julho na Região Metropolitana de Salvador (0,25%) foi resultado de aumento de preço em 5 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.
O grupo transportes (3,32%) apresentou o seu maior aumento de preços desde junho de 2022 (quando havia sido de 3,97%), tendo a maior alta e a contribuição mais relevante para a inflação em julho, na RMS.
O principal impacto no grupo veio dos combustíveis (10,38%), em especial, a gasolina (11,04%), item com a maior alta e que mais puxou a inflação da RMS para cima, e o etanol (10,87%). A alta das passagens aéreas (10,20%) também contribuiu de forma significativa para o aumento dos transportes.
Com o segundo maior aumento de preços no mês, o grupo despesas pessoais (0,56%) apresentou também o segundo maior impacto na inflação da RMS em julho, puxado, principalmente pela alta na hospedagem (3,88%).
Por outro lado, dentre os 4 grupos que tiveram queda de preços no mês, na RMS, habitação (-1,63%) e alimentação e bebidas (-0,70%) registraram deflações pelo segundo mês consecutivo e foram os mais relevantes para frear a inflação na região.
O grupo habitação teve o recuo mais intenso de preços na RMS, em julho, puxado principalmente pela energia elétrica residencial (-3,67%) e pelo gás de botijão (-2,96%), os dois itens com as quedas mais significativas para o IPCA.
Com a 3ª maior queda da RMS e a 2ª mais relevante, o grupo alimentação e bebidas teve suas principais reduções de preços no leite e derivados (-1,94%), carnes (-1,13%) e cereais, leguminosas e oleaginosas (-3,16%). Entre os itens individuais, o feijão carioca (-11,88%), com a maior queda do mês, e o pão francês (-1,97%) tiveram as deflações mais relevantes do grupo.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da Região Metropolitana de Salvador ficou em 0,02%. O INPC mede a inflação das famílias com menores rendimentos (de 1 a 5 salários mínimos, sendo o/a chefe assalariado/a).
Assim como o IPCA, o índice acelerou frente a junho, quando havia recuado (-0,33%). O INPC da RMS em julho foi o 8º maior do país e ficou acima do nacional, que registrou nova deflação (-0,09%).
No acumulado nos primeiros sete meses de 2023, o INPC da RM Salvador está em 2,75%, o 7º mais alto do país, acima do índice nacional (2,59%). Já nos 12 meses encerrados em julho, a RMS tem o 6º maior INPC entre as 16 áreas pesquisadas (3,70%), também maior que o do Brasil como um todo (3,53%).