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Como escolher o tecido do sofá

Dicas para uma decisão sem erros

Foto: LEIAMAISba
Cada ambiente pede um tipo de tecido

O sofá é o protagonista da sala e o queridinho quando se quer conversar, receber os amigos, assistir filmes, maratonar séries ou até curtir os momentos de leitura. Portanto, o local preferido das horas de descanso e lazer merece atenção máxima, principalmente, quanto à definição do tecido do estofado, já que não são raros os pequenos acidentes, como derrubar líquidos ou lidar com o xixi do cachorrinho recém-chegado em casa.

Para não se preocupar com nenhum desses inconvenientes e ter a garantia de um revestimento durável e lindo por longo tempo, Elizabete Cristina Ambiel Serpa, CEO da Dino Zoli Brasil, grife italiana de tecidos com representação no país há quase 30 anos, reuniu recomendações certeiras, desde quem contratar para confeccionar o estofado até os cuidados com limpeza e manutenção.

Por onde começar

Cada ambiente pede um tipo de tecido, seja pelo visual pretendido, com o emprego de padronagens, texturas e cores, seja pela aplicação recomendada, a exemplo de varandas e áreas abertas, sujeitas à incidência direta do sol e às intempéries, que exigem tipos com alta resistência ao desbotamento.

O formato do móvel também impacta na seleção do tecido. “A ajuda de um profissional (arquiteto ou designer de interiores) é sempre o caminho ideal para fazer a melhor escolha”, fala Ricardo Gomide, gerente comercial da Dino Zoli Brasil.

Além do fator estético, é essencial que o modelo atenda requisitos de qualidade que refletem na sua durabilidade, tais como:

-- Resistência à abrasão, ou seja, o quanto o tecido aguenta o desgaste do atrito do seu uso, e ao pilling, também conhecido como a formação daquelas bolinhas indesejadas na superfície

-- Solidez da cor à luz e ao esfregamento

-- Gramatura e estabilidade com encolhimento reduzido após lavagens

A contratação do tapeceiro, profissional indicado para executar e reformar o estofado, é crucial e merece todo rigor. “Pedir sugestões em lojas especializadas em tecidos para decoração é a melhor maneira de fugir de problemas indesejados”, afirma Elizabete Serpa. Cada tecido exige uma regulagem adequada da máquina de costura, assim como a linha a ser usada, por isso, o máximo de cautela na seleção do tapeceiro nunca é demais. “Solicitar informações sobre os diferentes tipos de tecidos, acabamentos e aplicações nas butiques experts também é uma ótima pedida”, conta Ricardo Gomide.

Ter crianças e pets em casa exige precauções extras

Tanto a meninada que adora subir no sofá com canetinhas em mãos como os animais de estimação requerem atenção em particularidades que vão além da manutenção no dia a dia.

Recomenda-se pesquisar por fornecedores que trabalham com tinturarias certificadas para evitar tecidos que possam ter em sua composição ou acabamentos compostos nocivos à saúde.

Em relação à durabilidade e à limpeza, a orientação é eleger tecidos com maior resistência à abrasão aliado a acabamento de alta performance contra manchas de sujeira que prolongam a vida útil.

É preciso impermeabilizar?

Na verdade, já foi o tempo em que se recomendava impermeabilizar o tecido de um sofá. Se a ideia é não se preocupar com aquela taça de vinho, sorvete ou os respingos de molho de tomate, hoje em dia, consegue-se encontrar no mercado uma grande variedade de alternativas com soluções mais modernas, resultando em alta performance contra manchas e sujeiras. 

No tecido com o acabamento Easy & Clean by Dino Zoli, feito em ambiente industrial, as fibras são completamente submersas no produto e, depois, seco e termo fixado em temperatura e velocidade controlados. Essas fibras tratadas criam uma barreira às manchas e sujeiras, sem alterar a aparência, coloração ou o toque dos materiais. Isso também confere propriedades antiácaros, antimicrobiano, antibacteriano e antiaderentes, evitando que a sujeira penetre profundamente.

Impermeabilizar o tecido quando ele já está aplicado no móvel acarreta a perda de sua garantia e não impede marcas de determinados líquidos, como café e vinho. Outro aspecto é que o produto perde a eficiência rapidamente. Por ser um processo manual, a aplicação pode se concentrar irregularmente mais em algumas partes do que em outras.

A secagem é também danosa ao tecido, por ser realizada com uma ferramenta que aquece em temperatura não controlada e muito variável. “Além disso, nem todo tecido pode ser impermeabilizado. Existem opções incompatíveis com o processo ou com o produto”, orienta Ricardo Gomide, da Dino Zoli Brasil.

É fundamental seguir a orientação do fabricante, assim como os símbolos de cuidados de conservação, presentes nas etiquetas. Para cada tipo de tecido existe um processo de limpeza recomendado, que vai ajudar na conservação e evitar danos. Entre os erros mais frequentes, estão o uso de produtos de limpeza com agentes químicos muito fortes ou alvejante na composição, além de tentar remover manchas com escova ou esponja abrasiva.