Brasil

Apagão deixa o Brasil sem energia

Norte e Nordeste são as regiões mais afetadas

Foto: Marcello Casal Jr. | Agência Brasil
6 horas após o apagão o País ainda possuía localidades sem energia elétrica

A interrupção de energia na manhã desta terça-feira (15 de agosto) atingiu todas as 26 Unidades da Federação, exceto Roraima (único estado que não é ligado ao Sistema Interligado Nacional).

Em Salvador, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) funcionaram com o plano de contingência, já que contam com gerador e há a garantia do suporte à vida dos pacientes na sala vermelha. Houve comprometimento no atendimento da rede ambulatorial - postos básicos e multicentros - porém, as consultas e procedimentos serão remarcados.

Os imunológicos estão preservados pelas câmeras frias, que têm autonomia de 48 horas. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) opera com instabilidade, com isso as chamadas ao serviço devem ser feitas através do telefone 190.

Nos estados

No Piauí, um dos estados afetados, a empresa Águas de Teresina suspendeu o serviço de abastecimento de água e informou que os canais de antendimento estão indisponíveis até que o fornecimento de energia elétrica seja restabelecido.

Em Pernambuco, o Corpo de Bombeiros do Recife informou que foi acionado para retirar uma mulher presa no elevador do prédio da Superintendência do Trabalho, por volta das 9h30 da manhã.

Em São Paulo, na capital, a interrupção de energia afetou o funcionamento do metrô. Em nota, a ViaQuatro, concessionária responsável pela linha 4 Amarela, esclareceu que o transtorno permaneceu entre 8h30 e 9h25 e confirmou que a razão para a redução na velocidade dos vagões foi a "oscilação externa na alimentação de energia elétrica".

Às 12h30, haviam sido recompostos 41% da carga da região Norte e 85% da região Nordeste.

O último apagão aconteceu em 2014, quando um curto-circuito em uma linha de transmissão deixou sem energia 11 Estados do Sul, Sudeste, Norte e Centro-Oeste.  Em 2009, um apagão afetou 18 estados e algumas cidades do Paraguai.

A energia no novo PAC

A eficiência energética é prioridade no novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Ministério de Minas e Energia (MME) está à frente do tema com 36 projetos e investimentos público e privado de R$ 1,8 bilhão até 2026. O novo PAC foi lançado na última sexta-feira (11/08) pelo presidente Lula, com a participação do ministro Alexandre Silveira.

Os programas do MME como Procel Reluz, as Parcerias Público-Privadas (PPP) em implementação ou licitadas, além dos estudos relacionados à área serão prioridades dentro do subeixo da Transição e Segurança Energética.

Os projetos contribuirão para a revitalização e valorização dos espaços públicos urbanos, o que favorecerá a retomada da atividade econômica e cultural, além de aumentar a segurança da população.

“Nós estamos fortalecendo o programa de eficiência energética, com duas novas chamadas para iluminação pública, além de aprimorar o Programa de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL) para fortalecer as ações do MME em eficiência energética”, destacou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

O programa prioriza projetos que gerem empregos verdes e desenvolvimento tecnológico em bases sustentáveis, impulsionando uma nova industrialização, centrada na Bioeconomia.

Além de prover variedade de recursos energéticos e gerar emprego e renda, o Novo PAC garante a soberania e segurança para o Brasil crescer. 

A Transição e Segurança Energética será um dos principais eixos do MME dentro do novo PAC, com R$ 540,3 bilhões de investimentos. O valor de mais de meio trilhão é dividido em sete subeixos: em geração de energia, luz para todos, transmissão de energia, eficiência energética, petróleo e gás, pesquisa mineral e combustível de baixo carbono.

Para o ministro de Minas e Energia, um importante investimento para a transição energética, que vai alavancar o país e melhorar cada vez mais a vida das pessoas.

“Com planejamento e visão de futuro, estamos construindo um ambiente de favorabilidade aos investimentos em transição energética, em descarbonização, em mineração segura e sustentável e no combate à pobreza energética, construindo um país mais justo, fraterno e solidário”, afirmou Silveira.

Os investimentos previstos no Novo PAC contam com recursos do Orçamento Geral da União (R$ 371 bilhões), das empresas estatais (R$ 343 bilhões), de financiamentos (R$ 362 bilhões) e do setor privado (R$ 612 bilhões).

O Novo PAC está organizado em Medidas Institucionais e em nove Eixos de Investimento.

A forte parceria entre Governo Federal e setor privado, estados, municípios e movimentos sociais é uma das principais marcas do novo programa para gerar emprego e renda, reduzir desigualdades sociais e regionais em um esforço comum e comprometido com a transição ecológica, neoindustrialização, crescimento com inclusão social e sustentabilidade ambiental.