Bahia / Economia

Preços caem (-0,23%) na Região Metropolitana de Salvador

Índice da RMS é o menor para um mês de junho desde o início do Plano Real (1994)

Foto: LEIAMAISba
Houve queda nos preços das frutas, leguminosas e oleaginosas

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, foi de -0,23% na Região Metropolitana de Salvador (RMS), em junho. Ele teve forte desaceleração frente ao resultado de maio, quando tinha sido de 0,35%, registrando deflação.

O resultado do IPCA na RM Salvador foi o menor para um mês de junho desde o ínicio do Plano Real, em 1994. Além disso, foi a primeira deflação na região desde setembro/2022 (-0,32%).

Em junho, o IPCA da RMS foi menor que o registrado no Brasil como um todo (-0,08%) e teve a 6ª maior queda de preços entre os 16 locais investigados separadamente pelo IBGE. Destes, 11 apresentaram deflação no mês.

As maiores quedas de preço foram registradas nos municípios de Goiânia/GO (-0,97%), São Luís/MA (-0,62%) e Rio Branco/AC (-0,50%). Por outro lado, a maior inflação foi registrada na RM Belo Horizonte/MG (0,31%).

Com esse resultado, a inflação acumulada no primeiro semestre na RM Salvador está em 3,00%, acima da nacional (2,87%) e a 5ª maior entre os locais pesquisados. Já nos 12 meses encerrados em junho, o IPCA acumula alta de 2,70% na RMS e é o 7º mais elevado do país, abaixo do registrado no Brasil como um todo (3,16%).

O quadro a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês e nos acumulados no ano e nos 12 meses encerrados em junho de 2023.

A deflação registrada em junho na Região Metropolitana de Salvador (-0,23%) foi resultado de quedas de preço disseminadas por 5 dos 9 grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.

O grupo alimentação e bebidas (-0,94%) apresentou a sua maior queda de preços desde maio de 2019 (que havia sido de -1,09%), tendo a maior redução e a contribuição mais relevante para a deflação em junho, na RMS.

O principal impacto no grupo veio das carnes (-4,40%), em especial, a alcatra (-6,42%). Também houve queda nos preços gerais das frutas (-2,43%), aves e ovos (-1,73%), cereais, leguminosas e oleaginosas (-2,44%) e óleos e gorduras (-4,80%). Por outro lado, alguns itens do grupo registraram altas relevantes, como o tomate (6,03%) e o leite longa vida (1,95%).

O grupo habitação (-0,36%) teve a segunda maior queda de preços e foi, também, a segunda principal influência na deflação geral na RMS. O gás de botijão (-3,88%) foi o item que, individualmente, mais puxou para baixo o IPCA na região no mês.

Por outro lado, entre os grupos que registraram aumento de preços na RMS em junho, o que mais contribuiu para segurar a deflação foi o de transportes (0,20%), influenciado pelo aumento geral no transporte público (3,38%), em especial, da passagem aérea (19,32%), que foi o item com a maior alta e que mais puxou o IPCA para cima no mês. O grupo registrou alta geral mesmo com queda no preço dos combustíveis (-1,30%).

O grupo educação (0,23%) teve o maior aumento de preços e foi a segunda maior influência para segurar a deflação na RMS. As atividades físicas (2,17%) exerceram a maior pressão inflacionária no grupo.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da Região Metropolitana de Salvador ficou em -0,33%. O INPC mede a inflação das famílias com menores rendimentos (de 1 a 5 salários mínimos, sendo o/a chefe assalariado/a).

Assim como o IPCA, o índice desacelerou frente a maio, quando havia sido de 0,56%, e registrou deflação. Além disso, o INPC da RMS foi o 4º menor do país e ficou abaixo do nacional (-0,10%).

No acumulado no primeiro semestre de 2023, o INPC da RM Salvador está em 2,72%, o 8º mais alto do país, levemente acima do índice nacional (2,69%). Já nos 12 meses encerrados em junho, a RMS também tem o 8º maior INPC entre as 16 áreas pesquisadas (2,72%), só que abaixo do resultado do Brasil como um todo (3,00%).