Uma estudante do Colégio Estadual Professora Helena Kolody, no município de Cambé (PR), foi morta a tiros na manhã desta segunda-feira (19) depois que um ex-aluno entrou armado na instituição. A informação foi confirmada, em nota, pelo governo do Paraná.
De acordo com o comunicado, o ex-aluno entrou na escola alegando que solicitaria o seu histórico escolar.
Karoline Verri Alves, 16 anos, foi baleada e morreu no local. Outro aluno, Luan Augusto, 16 anos, foi baleado na cabeça e socorrido para o Hospital Universitário de Londrina (HU).
Segundo informações do governo estadual, o ex-aluno foi detido e encaminhado para Londrina, distante cerca de 15 quilômetros de Cambé.
A Secretaria de Segurança Pública informou terem sido feitos 12 disparos e que o agressor portava uma arma calibre 38 e uma machadinha.
"As forças policiais chegaram em apenas três minutos ao colégio depois do acionamento, o que evitou uma tragédia ainda maior”, disse o governador Ratinho Junior, que decretou luto oficial de três dias. "Como governador e pai a minha solidariedade aos familiares nesse momento de dor tão profunda. Paraná está em luto", disse.
Em abril ele anunciou o reforço de 5,6 mil policiais para rondas nas regiões de escolas estaduais.
O presidente Lula se manifestou nas redes sociais e lamentou os disparos nas escolas. " Mais uma jovem vida tirada pelo ódio e a violência que não podemos mais tolerar dentro das nossas escolas e na sociedade. É urgente construirmos juntos um caminho para a paz nas escolas. Meus sentimentos e preces para a família e comunidade escolar", escreveu.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, também lamentou o caso de violência. "Neste momento de dor, transmito meus sentimentos e orações aos familiares da vítima e à comunidade escolar cambeense", disse em trecho da publicação.
Durante agenda do Rio de Janeiro, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, também manifestou solidariedade às famílias das vítimas. “Infelizmente, vimos a violência mais uma vez se manifestando no local que é o mais sagrado para as crianças e jovens do nosso país e para suas famílias, que é uma escola”.
“Quando um jovem perde a vida, na verdade, toda a juventude perdeu um pedaço da sua vida. Sou pai e, por isso, sei bem da intranquilidade que aflige as famílias na medida em que, de modo inaceitável, essa modalidade de violência se implantou no Brasil e serve de reflexão quanto aos traços culturais da violência”.