Amplamente utilizado em festas populares, o Sistema de Reconhecimento Facial da Secretaria da Segurança Pública apoiará as forças da Segurança, na tradicional festa de Iemanjá, no dia 2 de fevereiro, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador.
A tecnologia, empregada no Carnaval de Salvador, na Micareta de Feira de Santana e na Lavagem do Bonfim, entre outros eventos, vai monitorar a presença de foragidos da Justiça e contribuir com a tranquilidade de turistas e baianos.
Em caso de alerta que detecte semelhança com índice acima de 90%, equipes do Centro Integrado de Comunicações (Cicom), da Secretaria de Segurança Pública, acionarão as guarnições mais próximas ao local onde se encontra o suspeito. Os policiais militares usarão rádios transceptores da tecnologia LTE (Long Term Evolution), possibilitando o recebimento de imagens com mais rapidez.
Além do Reconhecimento Facial, a SSP contará também com câmeras de monitoramento distribuídas nas principais vias de acesso ao bairro do Rio Vermelho. “Esperamos repetir o sucesso alcançado em outros eventos. Tivemos a Lavagem do Bonfim mais tranquila dos últimos anos e tenho a certeza de que baianos e turistas aproveitarão a festa para a Rainha do Mar com muita paz”, declarou o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner.
O Sistema de reconhecimento facial com o uso de câmeras foi lançado na Bahia em dezembro de 2018, em Salvador, e chegará a outros 77 municípios da Região Metropolitana e do interior. Cerca de R$ 665 milhões foram investidos na expansão da tecnologia, e a ferramenta já alcançou 597 homens e mulheres com mandados de prisão emitidos pela Justiça por homicídio, latrocínio, tráfico de entorpecentes e outros crimes. Além de Salvador, as capturas também ocorreram nas cidades de Camaçari, Lauro de Freitas, Simões Filho, Feira de Santana, Teixeira de Freitas, Alagoinhas, Barreiras, Porto Seguro, Vitória da Conquista, dentre outros.
Para o carnaval
Para integrar o trabalho da segurança na Operação Carnaval, a Polícia Militar da Bahia (PMBA), através da Academia de Polícia Militar (APM) realizou nessa terça-feira (24 de janeiro) a Oficina de Conduta de Patrulha. A capacitação tem por objetivo instruir policiais em formação quanto ao agir técnico, resguardando a garantia dos direitos individuais e coletivos durante a festa. O curso de formação é oferecido a 286 alunos oficiais da APM, além de outros 211 policiais do Curso de Formação de Praças, que compõe o efetivo da PMBA durante o carnaval de Salvador.
O coronel Henrique Melo, diretor de Ensino da APM pontua sobre a aplicação da metodologia e de orientações relevantes de forma integrada para alunos, que assumirão o trabalho como Oficiais e Praças da PMBA, para a execução de um trabalho harmonioso entre a Polícia e o cidadão. “Agora é o momento da prática para os alunos, então vamos realizar diversas oficinas de patrulhamento e no período de 6 a 9 de fevereiro acontecerá a Jornada de Instrução Policial Militar para o carnaval, que compreende simulações, em ambiente semelhante aos circuitos, para que assim eles possam testar o seu conhecimento e se preparar para a atuação durante a festa”, explica o diretor de Ensino da APM.
A Oficina de Conduta de Patrulha orienta e instrui os policiais a praticar o deslocamento em patrulhas, o que permite maior abrangência do policiamento ostensivo em área de festa de largo, como é o caso do carnaval, facilitando o atendimento de uma ocorrência ou um chamado. O carnaval em Salvador é uma das festas populares mais esperadas, depois de dois anos sem a realização do evento, em decorrência da pandemia do Covid-19.
Em sua primeira experiência prática no carnaval, o aluno do Curso de Formação de Oficiais da PMBA, Enderson, fala sobre a importância da atividade para consolidar e aperfeiçoar os ensinamentos adquiridos na Academia. “A situação de simulação para nós é uma inovação, porque permite que a gente desenvolva competências e habilidades antes da aplicação no evento. A abordagem só ocorre em caso de necessidade, e a simulação permite que a gente visualize condições em que isso pode ocorrer’, diz o futuro oficial da PMBA.
Durante o treinamento os policiais são instruídos e assumem funções específicas, como: comandante e cerra fila, posicionados nas extremidades; e os patrulheiros, posicionados ao centro. Na necessidade de abordagem, a orientação é de que seja deslocado o patrulheiro de maior experiência, para a realização de busca pessoal. O comandante se responsabiliza pela segurança de busca, e os demais componentes devem fazer a segurança externa, delimitando um perímetro para a abordagem de forma a evitar interferências nos procedimentos.
Ainda durante a capacitação os policiais são orientados quanto à importância da colaboração e compreensão do cidadão, para que a segurança de todos seja salvaguardada pela PM. “Orientamos, sobretudo como o cidadão deve se proteger, porque o objetivo maior da Polícia Militar é que a festa transcorra na mais absoluta paz”, conclui o diretor da APM, coronel Henrique Melo.