O arquivo já fechou e já foram rodadas a impressão da 3ª edição da Revista Memória da Imprensa que, com lançamento previsto para esta quarta-feira (14), rejeita o temido pedido de parada das máquinas. Com tema “Jornalismo e Poder: verdades, meias verdades e narrativas”, a revista dá voz a oito jornalistas de referência para a história do jornalismo baiano dos últimos 50 anos.
O evento de lançamento da publicação da Associação Bahiana de Imprensa (ABI) acontece ao meio-dia do dia 14, no Auditório Samuel Celestino, no 8º andar da sede da entidade, na Praça da Sé, antes da confraternização de final de ano que reúne diretores, associados e parceiros da associação.
A terceira edição da revista fecha mais um ciclo do projeto “Memória da Imprensa – A História do Jornalismo Contada Por Quem Viveu”, que antes era publicamente apresentado através do formato de documentários. O material bruto das entrevistas do projeto compõe o primeiro acervo 100% digital do Museu de Imprensa, com quase 90 horas de gravações em alta definição, feitas em duas câmeras. “Nossa ideia é que esse material seja aproveitado por colegas, historiadores, documentaristas e todos os que forem curiosos com a história da imprensa baiana”, sugere Ernesto Marques, presidente da ABI.
“Como uma entidade que é a mais antiga e mais tradicional da imprensa baiana, esse é um reconhecimento importante para colegas que às vezes achavam que estavam esquecidos, quando na verdade têm muito para contar e podem fazer isso de forma livre nas entrevistas do projeto”, destaca Ernesto.
Essa terceira edição conta com as histórias por trás dos cliques do repórter fotográfico Agliberto Lima, os bastidores da linha editorial do então Correio da Bahia pelo olhar do ex-editor chefe Demóstenes Teixeira, as curiosidades da vida de um dublê de repórter, o ator Gideon Rosa, as lições da repórter policial Jaciara Santos, as utopias do jornalista e marqueteiro João Santana, além da trajetória do especialista em assessoria de imprensa Pedro Daltro e do editor Sérgio Gomes, um dos responsáveis pela formação da primeira equipe da Tribuna da Bahia.
Além das sete entrevistas produzidas especialmente para a revista, há ainda uma oitava, também inédita, que foi cedida por Nelson Cadena que registrou uma conversa com July Isenssé, a mais longeva colunista social da imprensa baiana, que faleceu no mês passado.
"São depoimentos marcantes e em alguns momentos explosivos e polêmicos. Por outro lado, um retrato da rotina diária do jornalista do início dos anos 60, é revelado por Pedro Daltro, que dependia da carona de alguns proprietários de carro da velha Salvador para subir e descer a Ladeira da Montanha em busca do movimento dos portos", revela Biaggio Talento, editor responsável pela publicação. Além de Biaggio, assinam o trabalho o artista visual e cartunista Gentil (projeto gráfico) e os jornalistas Valber Carvalho, Carollini Assis e Kau Rocha (entrevistadores).
Sem patrocínio, o projeto tem sido viabilizado com anúncios. Nessa edição, expõem suas marcas a Coelba, do grupo Neoenergia, a Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, o Governo da Bahia e a Assembleia Legislativa da Bahia. A versão digital da primeira edição estará disponível logo após o lançamento, os exemplares impressos são distribuídos entre associados, redações, agências de propaganda e assessorias.